Durante o Galo Business Day, realizado na tarde desta quinta-feira (5), o Atlético divulgou o balanço financeiro de 2021 e detalhou o que chamou de "gestão de endividamento". Atualmente, a dívida do clube supera a casa de R$ 1,3 bilhão.
De acordo com o relatório de administração, a dívida do Atlético era de R$ 1,234 bilhão ao fim de 2020. Em dezembro de 2021, o valor subiu 6% e alcançou R$ 1,312 bilhão.
Para reduzir o endividamento, o Atlético descontou os valores devidos aos Supermercados BH e à família Guimarães (dona do Banco Bmg), no total de R$ 77 milhões (R$ 65 milhões com os Guimarães e R$ 12 milhões com o BH). O Galo também transformou a parte mais representativa da dívida em direito de uso de espaço publicitário.
Outras iniciativas importantes passam pela renegociação de débitos com agentes, ex-atletas e ex-funcionários. Com acordos, o Galo reduziu essas despesas em R$ 41 milhões. A partir dessa conjunção de medidas, a dívida líquida alvinegra será reduzida para R$ 1,184 bilhão.
Outro ponto crucial para corte significativo desse montante é a venda do restante (49,9%) do shopping center Diamond Mall. No balanço financeiro publicado nesta quinta-feira, o Atlético avalia esse percentual em mais de R$ 363,2 milhões. A receita da venda seria utilizada para "atacar" diretamente as dívidas onerosas, de curto prazo, que são as mais prejudiciais ao futuro do clube e geraram R$ 87 milhões de despesas financeiras em juros só no ano de 2021.
Veja os modelos finalistas do concurso Manto da Massa
Gestão ativa do endividamento do Atlético
Negociações com foco em redução de passivos
-> Família Guimarães e Supermercados BH:
- Redução de R$ 18 milhões
- Transformação da parte mais representativa da dívida - R$ 77 milhões - em direito de uso de espaço publicitário
-> Agentes:
- Parcelamento de longo prazo e redução de dívidas no valor de R$ 5 milhões
Negociações com foco em redução de contingências
-> Ex-atletas:
- Valor pleiteado na Justiça: R$ 56 milhões
- Fecharam-se acordos com redução de passivos contingentes na ordem de R$ 31 milhões com parcelamentos
- Valor pleiteado na Justiça: R$ 13 milhões
- Fecharam-se acordos com redução de passivos contingentes na ordem de R$ 5 milhões com parcelamentos
Geral: R$ 59 milhões em renegociação que impediram o crescimento exponencial do passivo do clube;
R$ 77 milhões que reduziram a pressão no fluxo de caixa com a transferência da dívida em utilização do espaço publicitário.
Eventos subsequentes
R$ 51 milhões de redução na dívida registrada no PROFUT com a adesão ao PERSE - programa emergencial de retomada do setor de eventos.