Principal 'mecenas' do Atlético, Rubens Menin comentou a possível implementação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube. Para explicar a situação, ele avaliou o patrimônio do clube e como seria a venda ideal em sua opinião.
No início de abril deste ano, houve uma apresentação do modelo SAF na reunião do Conselho Deliberativo. O tema será tratado novamente pela cúpula alvinegra nesta quinta-feira (5), quando o clube realizará mais um encontro no Galo Business Day. O assunto, no entanto, não é tratado com urgência.
Menin revelou, em entrevista à ESPN nessa segunda-feira (2), que a diretoria alvinegra estuda diversas possibilidades e garantiu que o Atlético é um clube único no país, por causa do patrimônio.
"Estamos com estudos sendo feitos, e existe uma série de possibilidades. O Atlético é um clube com uma situação bem diferente da maioria dos clubes do Brasil, porque tem um patrimônio muito grande. Poucos clubes têm um patrimônio igual", disse Rubens, que estimou esse valor em R$ 1,6 bilhão.
"O Atlético tem uma arena que vai ficar pronta, que vale R$ 1 bilhão no mínimo, 50% de um shopping, que vale R$ 300 milhões, um centro de treinamento, o melhor do Brasil, que vale R$ 300 milhões. Só aí já falei de R$ 1,6 milhão, nenhum clube tem isso. Esse é o primeiro momento. O Atlético tem um plantel que, na nossa avaliação, vale de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão", avaliou o mecenas.
Possível implementação da SAF
Integrante do grupo dos 4 R's, formado ainda por Ricardo Guimarães, Rafael Menin e Renato Salvador, Rubens opinou a favor de um modelo híbrido em caso de implementação da SAF.
Ou seja, o Atlético venderia apenas uma porcentagem para os novos investidores e ficaria com o patrimônio 'intacto'.
"Nós estamos estudando um caminho de vender só o elenco, a marca, e deixar fora da SAF o patrimônio, que seria a Arena MRV e o centro de treinamento. Tem um modelo. Evidente que a SAF vale menos, mas ficamos com o patrimônio do outro lado. Também acho que não venderíamos - igual a outros clubes - 80%, 90%, o Atlético não quer fazer isso, quer preservar a associação. Isso está sendo modelado, não está definido", explicou.
Rubens acredita que, apesar do valor bem maior em caso de uma venda total das ações, o melhor a se fazer é preservar o patrimônio. Ele ainda explicou que a venda e o modelo vai depender do Conselho.
"Eu, pessoalmente, sou favorável a um modelo híbrido. Talvez vender só a associação esportiva, preservando o patrimônio do outro lado, e com a venda de um percentual menor. Isso varia. Se eu colocar tudo de um lado e vender 100%, é uma grana 'danada', se eu deixar de fora e vender 50%, isso vai variar do modelo, que vai ser apresentado ao Conselho. Quem vai resolver é o Conselho", opinou.
O tema está sendo discutido aos poucos nas reuniões. A diretoria acredita que o Atlético está sendo bem administrado com o auxílio do grupo de empresários. A SAF será debatida em outros encontros para que haja um amadurecimento do assunto, em busca de um consenso entre os conselheiros.
Veja os modelos finalistas do concurso Manto da Massa
Saiba mais
- Morre jovem torcedor do Atlético que se emocionou em encontro com Hulk
- Contra América, Atlético busca recorde de invencibilidade da Libertadores
- América e Atlético se enfrentam por objetivos distintos na Libertadores
- América x Atlético: saiba onde assistir ao jogo da Copa Libertadores
- Veja os modelos finalistas do concurso Manto da Massa