O árbitro da partida entre Goiás e Atlético relatou, em súmula, pressão exercida no vestiário pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano e pelo gerente Victor, ambos do Galo, por decisões tomadas no empate por 2 a 2 na Serrinha, em Goiânia, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
Bruno Arleu de Araújo, do Rio de Janeiro, disse que foi abordado por Rodrigo Caetano e Victor quando se dirigia ao vestiário dos árbitros, ao fim da partida.
O árbitro informou ter sido indagado por Caetano acerca das decisões de campo. Houve insinuação de interferência do presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, ou da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
"Os Srs. Rodrigo Vilaverde Caetano e Victor Leandro Bagy forçaram a passagem e invadiram o corredor de acesso ao vestiário da arbitragem, por uma porta que se encontrava aberta. O sr. Rodrigo Caetano, muito exaltado e desrespeitoso, proferia as seguintes palavras: "Vocês foram uma vergonha hoje! Isso foi mandado? O Galo não pode vencer mais? Foi o Seneme (chefe de comissão de arbitragem)? Foi a CBF? Parabéns CBF!", diz a súmula da partida.
As principais queixas do Atlético em relação à arbitragem foram a não expulsão de Danilo Barcelos, do Goiás, logo no início do jogo, por entrada dura em Guga, e a marcação do pênalti a favor do clube esmeraldino por toque no braço do lateral alvinegro Arana.
De acordo com o árbitro Bruno Arleu de Araújo, o ex-goleiro Victor, hoje gerente de futebol, ainda o acusou de omissão: "O sr. Victor Bagy proferia as seguintes palavras: "Vocês foram omissos!".
Em seguida, Rodrigo Caetano e Victor foram contidos pelo policiamento e por seguranças.
A reportagem do Superesportes procurou o diretor de futebol do Atlético para ouvi-lo sobre os relatos feitos pelo árbitro. Ele não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
Rodrigo Caetano e Victor poderão ser denunciados pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela pressão exercida sobre a arbitragem.
A reportagem do Superesportes procurou o diretor de futebol do Atlético para ouvi-lo sobre os relatos feitos pelo árbitro. Ele não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
Rodrigo Caetano e Victor poderão ser denunciados pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela pressão exercida sobre a arbitragem.
Porta quebrada
Depois do jogo, o assessor de imprensa do Goiás, Fernando Lima, acusou o atacante Hulk de ter quebrado a porta do vestiário dos árbitros da Serrinha.
A foto da porta do vestiário foi enviada pelo profissional do Goiás em um grupo de mensagens com jornalistas que cobrem o dia a dia do clube. A imagem estava acompanhada do texto: "Incrível Hulk e o chute que ele deu na porta na entrada do vestiário da arbitragem".
Nas redes sociais, Hulk se defendeu e tratou a acusação como fake news, notícia falsa, em português.
"Fake news! Acusar alguém pelo que não fez é crime!", escreveu.
Por causa do episódio, a diretoria do Atlético pediu desculpas ao Goiás, mas não esclareceu quem teria sido o responsável pelo ato no estádio esmeraldino.
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