Savarino pode ser negociado pelo Atlético com o Real Salt Lake, dos EUA (Foto: Pedro Souza/Atlético)
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Atlético está em negociação para vender o atacante Jefferson Savarino ao Real Salt Lake, dos Estados Unidos. A diretoria alvinegra trata a provável negociação do venezuelano como um processo para abrir um espaço a outro estrangeiro.
Enquanto Savarino sai, o argentino Cristian Pavón chega. O atacante de 26 anos tem contrato com o Boca Juniors até junho e deve mesmo reforçar o Galo em julho. Por conta da saída iminente, ele nem tem jogado pelo clube argentino.
Atualmente, o elenco comandado pelo técnico Antonio 'Turco' Mohamed tem seis estrangeiros: os zagueiros Junior Alonso (paraguaio) e Diego Godín (uruguaio), os meio-campistas Nacho Fernández e Matías Zaracho (argentinos) e os atacantes Savarino (venezuelano) e Eduardo Vargas (chileno).
Pelo regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), um time pode relacionar no máximo cinco jogadores nascidos fora do país por jogo. Portanto, atualmente, a comissão técnica do Atlético tem que deixar de fora um atleta estrangeiro em cada partida.
Negociação de Savarino Em fevereiro de 2020, o Atlético topou pagar 2 milhões de dólares (R$ 8,62 milhões na cotação da época) para contratar Savarino, que defendia justamente o Real Salt Lake. Passados pouco mais de dois anos, o clube estadunidense oferece 3 milhões de dólares (R$ 14,9 milhões na cotação atual) para tê-lo de volta.
Se concretizada nos termos propostos, o Atlético repassará 40% dos direitos econômicos do venezuelano e permanecerá com 20%. A negociação terá um desfecho nos próximos dias. Enquanto isso, Savarino não vai jogar.
Savarino soma 99 jogos com a camisa do Atlético. São 21 gols marcados e 19 assistências, totalizando 40 participações diretas. Ele conquistou seis títulos no clube: Campeonato Brasileiro (2021), Copa do Brasil (2021), Supercopa do Brasil (2022) e três Mineiros (2020, 2021 e 2022).
Maiores invencibilidades da história da Libertadores
Flamengo (entre 2020 e 2021) - Em aproveitamento de pontos, o Flamengo é o dono do recorde de invencibilidade da Libertadores. O time rubro-negro conseguiu, entre 2020 e 2021, as mesmas 17 partidas sem derrota que o Sporting Cristal, mas com 12 vitórias e cinco empates (os peruanos tiveram oito vitórias e nove empates). A sequência flamenguista começou na fase de grupos de 2020, com um triunfo por 2 a 1 sobre o Barcelona, no Equador. Nas oitavas, porém, o time foi eliminado nos pênaltis para o Racing após dois empates. Em 2021, o Fla chegou à final sem nenhuma derrota. Na decisão, caiu na prorrogação para o Palmeiras por 2 a 1 e viu a série invicta ruir.
Foto: Santiago Arcos/AFP
Sporting Cristal (17 jogos entre 1962 e 1969) - O time peruano conseguiu, nos anos 1960, o recorde de invencibilidade que segue até hoje na Copa Libertadores. Nas edições de 1962, 1968 e 1969, o Sporting Cristal ficou impressionantes 17 jogos sem perder na competição, com oito vitórias e nove empates. Na trajetória, enfrentou equipes tradicionais, como Racing (vitória por 2 a 1 em casa, quando a série se iniciou), Peñarol (dois empates) e Universidad Católica (triunfo por 2 a 0 no Peru). A série foi quebrada na primeira fase de 1969, quando o Santiago Wanderers venceu por 2 a 0 no Chile.
Foto: Reprodução/Conmebol
Corinthians (16 jogos entre 2012 e 2013) - Apenas seis clubes conseguiram a façanha de vencer a Libertadores de forma invicta: Peñarol (1960), Santos (1963), Independiente (1964), Estudiantes (1969 e 1970), Boca Juniors (1978) e Corinthians (2012). Na campanha vitoriosa de 2012, o time paulista venceu oito jogos, empatou seis e levou a taça de forma inédita. Ao longo do mata-mata, eliminou equipes tradicionais, como Vasco (quartas), Santos (semi) e Boca (final). No ano seguinte, deu prosseguimento à série invicta nas duas primeiras partidas da fase de grupos. Na terceira, perdeu para o Tijuana por 1 a 0, no México. Ao todo, foram 16 partidas, com nove vitórias e sete empates.
Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
Atlético (16 jogos entre 2019 e 2022) - Considerado um dos times mais poderosos do continente, o Atlético vive uma das maiores séries invictas da história da Libertadores. No entanto, a sequência começou em um momento não tão bom do time. Em 2019, a equipe já estava eliminada da fase de grupos quando, na última rodada, venceu o Zamora por 2 a 1, na Venezuela. Em 2020, não disputou a competição. Voltou em 2021, quando fez uma campanha impressionante, mas foi eliminado na semifinal pelo Palmeiras sem ter perdido nenhum dos 12 jogos. Este ano, começou o Grupo D com uma vitória sobre o Deportes Tolima-COL e empates com o América e Del Valle-EQU. No total, são 16 jogos invicto, com nove vitórias e sete empates. Agora, vai em busca do recorde.
Foto: Daniel Muñoz/AFP
América de Cali (15 jogos entre 1980 e 1983) - O tradicional time colombiano é quatro vezes vice-campeão, mas nunca conquistou a Copa Libertadores. Antes de chegar à final pela primeira vez, emendou uma impressionante série de 15 jogos sem perder. Tudo começou na primeira fase da edição de 1980. Após uma derrota na primeira rodada, o time venceu três jogos, empatou um e avançou de fase. Na etapa semifinal, empatou quatro jogos e foi eliminado. Nos dois anos seguintes, não jogou a competição. Voltou em 1983, quando passou pela primeira fase sem derrotas nos seis jogos. O revés veio na estapa semifinal: 2 a 0 contra o Estudiantes. No total, foram oito vitórias e sete empates em sequência.
Foto: Divulgação/América de Cali-COL
Cruzeiro (14 jogos entre 1998 e 2004) - Bicampeão da Copa Libertadores em 1997, o Cruzeiro iniciou a edição do ano seguinte já nas oitavas de final. Na estreia, perdeu para o Vasco - que viria a conquistar o título - por 2 a 1, em São Januário. No jogo de volta, o empate sem gols eliminou a equipe celeste, mas deu início a uma longa série invicta na competição. O time voltou a disputar o torneio em 2001. Naquele ano, avançou ao mata-mata com cinco vitórias e um empate na fase de grupos. Nas oitavas, passou pelo El Nacional-EQU com dois triunfos. Porém, caiu nos pênaltis ante o Palmeiras nas quartas após duas igualdades. O Cruzeiro, então, ficou fora da Libertadores em 2002 e 2003. De volta em 2004, perdeu a invencibilidade na quarta partida: derrota por 1 a 0 para o Santos Laguna-MEX, no México. Ao todo, foram 14 jogos seguidos invicto, com nove vitórias e cinco empates.
Foto: Norberto Duarte/AFP
Newell's Old Boys (14 jogos em 1992) - A estreia do Newell's na Libertadores de 1992 não foi nada boa: goleada por 6 a 0 sofrida diante do San Lorenzo. Porém, o time engrenou a partir daí. Na fase de grupos, venceu quatro partidas, empatou três e conseguiu avançar ao mata-mata como primeiro colocado da chave. Nas oitavas, passou pelo Defensor; nas quartas, eliminou o próprio San Lorenzo, com direito a uma goleada por 4 a 0; na semifinal, venceu o América de Cali por 11 a 10 nos pênaltis após dois empates. O time argentino bateu o São Paulo por 1 a 0 na partida de ida da decisão, mas viu a invencibilidade - e o título - escaparem com um revés pelo mesmo placar na partida de volta (e derrota nos pênaltis). No fim das contas, foram 14 jogos invicto, com sete vitórias e sete empates.
Foto: Revista/Conmebol
River Plate (14 jogos entre 2018 e 2019) - A invencibilidade do River Plate de Marcelo Gallardo começou em grande estilo: vitória no finalzinho contra o Grêmio, em Porto Alegre, por 2 a 1, na semifinal da Libertadores de 2018. O resto é história. Na decisão, superou o arquirrival Boca Juniors em Madrid. No ano seguinte, o atual campeão chegou novamente à final. Na fase de grupos, sofreu, mas avançou com duas vitórias e quatro empates. No mata-mata, passou pelos tradicionalíssimos Cruzeiro (dois empates), Cerro Porteño (vitória e empate) e, mais uma vez, Boca (vitória e... derrota). A invencibilidade caiu justamente contra o rival local, na partida de volta da semi. Na decisão, voltou a perder - 2 a 1 contra o Flamengo. No total, foram 14 jogos sem derrota, com seis vitórias (considerando a da prorrogação) e oito empates.
Foto: Javier Soriano/AFP
River Plate (14 jogos entre 1977 e 1978) - Em 1977 e 1978, o River Plate emendou uma grande sequência invicta, mas viu o Boca Juniors conquistar a Libertadores duas vezes. O arquirrival, aliás, foi o responsável por vencê-lo na primeira partida de 1977. Depois, o River venceu uma e empatou quatro vezes e não conseguiu avançar à fase semifinal. No ano seguinte, a equipe deixou Independiente, LDU e El Nacional na primeira fase. No grupo semifinal, teve pela frente Boca e... Atlético. O Galo, aliás, foi responsável por tirar a invencibilidade rival ao vencer por 1 a 0 no Mineirão, com gol de Marinho. No total, o River acumulou cinco vitórias e nove empates.
Foto: Arquivo/EM