Campeão da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil na temporada 2021, o Atlético tem um "problema logístico" envolvendo o uniforme: a quantidade de patches de campeão. O Galo chegou a um ponto em que um dos adornos, utilizado pelas equipes como marca das atuais conquistas, a princípio será dispensado em jogos do Brasileirão.
Segundo apurou o Superesportes, mesmo com um espaço na manga esquerda, o Galo não utilizará o patch de campeão da Copa do Brasil em partidas da Série A, utilizando somente o brasão de campeão brasileiro centralizado na camisa. O adorno da copa não é obrigatório no torneio de pontos corridos, diferentemente do distintivo de participação (na manga direita) e de detentor do título.
O fato já pôde ser observado nesse domingo. O Galo estreou no Brasileirão com vitória por 2 a 0 sobre o Internacional em casa, no Mineirão, em Belo Horizonte. O Atlético utilizou o patch de participação no Brasileiro na manga direita da camisa e o de campeão no peito, sem outro adorno na manga esquerda.
Caso o clube não mude de ideia, o patch de campeão da Copa do Brasil poderá ser visto no uniforme somente na semana que vem. Em 20 de abril, quarta-feira, às 19h, o Galo recebe o Brasiliense no Mineirão, pelo jogo de ida dos 16-avos de final. Assim como na Série A, o adorno de campeão deve ficar centralizado na camisa, sem outros brasões.
Essa forma de lidar com os patches pode ser tida como uma novidade entre os clubes brasileiros, que sempre ostentaram os brasões nacionais independentemente dos torneios. Em 2021, por exemplo, o Flamengo usou o patch de campeão brasileiro na Copa do Brasil, enquanto o Palmeiras não se furtou de colocar o brasão de campeão da copa em jogos do Brasileirão - na manga esquerda, pois centralizado estava o do título da Libertadores.
O próprio Atlético, inclusive, fez isso em 2015. Campeão da Copa do Brasil em 2014, o Galo utilizou o brasão do título do torneio na manga direita em jogos do Brasileirão daquela temporada.
Ressalta-se que o Atlético ainda utiliza uniformes da temporada 2021, fabricados pela Le Coq Sportif. O Galo terá a Adidas a partir de julho deste ano, com lançamento da nova coleção para 2022 e início de 2023. A tendência é que a fixação de patches esteja na pauta da confecção das novas camisas atleticanas.
Campeonato Mineiro e Copa Libertadores
A fixação dos badges pode ser desconsiderada em jogos do Campeonato Mineiro deste ano, vencido pelo Atlético em 2 de abril após bater o Cruzeiro no Mineirão por 3 a 1. Isso porque o Galo não colocou nem o nome nas camisas nos jogos do torneio estadual, algo que já faz há algumas temporadas, enquanto manteve a numeração fixa.
Já na Copa Libertadores, o regulamento impede que patches nacionais sejam utilizados. No torneio, os clubes podem usar somente o adorno de participação na manga direita e um alusivo ao número de títulos da "Liberta" na esquerda - somente o atual campeão utiliza o centralizado, de campeão.
'Salada' de patches
Detalhes que podem ser considerados recentes no futebol, os patches também já deram "dor de cabeça" a outros clubes do mundo. Um caso especial é a Inter de Milão, da Itália, na temporada 2010/2011. Naquela ocasião, a equipe fez igual ao Atlético de 2021: foi campeã dos dois torneios nacionais na temporada anterior.
O clube italiano, contudo, conquistou o Mundial de Clubes no meio da temporada 2010/2011 e precisou remanejar os patches: o "scudetto", pelo título de campeão italiano, antes centralizado, foi para cima do fornecedor de material esportivo.
Com isso, o brasão de campeão da Copa da Itália, que estava acima do fornecedor, foi para baixo. Ao menos uma das mangas estavam ocupadas com os patches de participação, seja da Champions League, do Campeonato Italiano ou da Copa da Itália.