Dos pouco mais de 32 mil torcedores que foram à Arena Pantanal neste domingo, a minoria era alvinegra. Cerca de 2 mil estavam no setor Inferior Sul do estádio, destinado exclusivamente à torcida do Atlético. Foram abafados pelas vozes flamenguistas em boa parte da partida em Cuiabá. Mas, no fim, provocaram e cantaram mais alto pelo título da Supercopa do Brasil.

Não foi fácil. O Atlético segurou o ímpeto rubro-negro no primeiro tempo e conseguiu abrir vantagem com um gol de Nacho Fernández. Na etapa final, o Flamengo virou com Gabigol e Bruno Henrique. Mas aí brilhou a estrela de Hulk. O camisa 7, de direita, empatou em 2 a 2 e levou a decisão para os pênaltis.

De maneira épica, o goleiro Everson pegou três pênaltis - após, inclusive, ter errado uma cobrança - e garantiu o título atleticano após 12 batidas de cada time. O silêncio rubro-negro tomou conta da maior parte do estádio. Era o sinal para que o alvinegro comemorasse.

A festa inicial com os jogadores deu lugar a provocações. Os torcedores atleticanos gritaram "cheirinho", em referência a uma antiga "zoeira" com flamenguistas, iniciada em 2016, quando o rubro-negro perdeu o Campeonato Brasileiro para o Palmeiras. Depois, Gabigol, principal estrela do Fla, foi xingado.

As brincadeiras ficaram maiores quando o locutor do estádio anunciou que a Polícia Militar, por segurança, solicitava que todos os torcedores flamenguistas deixassem o estádio. A festa ficou completa para os atleticanos, que comemoraram quando ouviram que deveriam ficar na Arena por 45 minutos após a premiação.