Muda o alvo, mas não o interlocutor das conversas. O Atlético priorizou Jorge Jesus na busca por um substituto para Cuca no comando técnico. Pessimista em relação à resposta do ex-treinador do Flamengo, o clube alvinegro trocou o foco para Carlos Carvalhal. As negociações, porém, permaneceram com um mesmo empresário: Bruno Macedo.



O agente cuida das carreiras de Jesus, Carvalhal e outros técnicos portugueses que estiveram na mira de clubes brasileiros nos últimos anos.

Português como os clientes, Macedo é parceiro do megaempresário brasileiro Giuliano Bertolucci. A dupla tem um largo histórico de negociações Brasil-Europa.

Em Portugal, os dois são alvos da 'Operação Cartão Vermelho', do Ministério Público, que analisa negócios suspeitos do ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

Um relatório da Autoridade Tributária revelado pela Sábado e pela CNN mestra que o MP investiga 55 negociações de jogadores e o repasse de 10 milhões de euros a quatro empresários: Bruno Macedo, Ulisses Santos, Isidoro Gímenez e Giuliano Bertolucci.

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Ao longo dos últimos dias, o Atlético negociou com Jesus - que pediu um tempo para decidir se aceita ou não a proposta alvinegra. Embora não haja uma desistência oficial do negócio, o clima é de pessimismo em relação à resposta do ex-flamenguista.

Por isso, o Atlético partiu para outros alvos. Neste momento, Carvalhal é o favorito. O treinador atualmente dirige o Sporting Braga, de Portugal. Para contratá-lo, o Galo terá de pagar uma multa. O valor é de 10 milhões de euros (R$ 64,5 milhões), que, porém, pode ser reduzido por meio de negociações.

O próprio treinador de 56 anos confirmou ter sido sondado pelo Galo. “Fui recebendo bons convites ao longo da minha carreira. Incluindo agora, do Flamengo e do Atlético Mineiro. São grandes clubes a nível mundial”, disse, em entrevista à Rádio Marca, da Espanha.