Esta quarta-feira (15/12) tem tudo para ser de alegria para torcedores do Atlético em Curitiba. Nas ruas da capital paranaense, alvinegros exibem, orgulhosos, uniformes do campeão mineiro, brasileiro e, provavelmente, da Copa do Brasil. A festa, porém, se mistura com um certo clima de tensão por conta de episódios recentes de confrontos com a torcida do Athletico-PR, adversário da finalíssima do mata-mata, às 21h30, na Arena da Baixada.
Em 16 de novembro, o Atlético venceu por 1 a 0 no Paraná, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. No início do segundo tempo, as torcidas entraram em confronto, o que resultou na interrupção da partida.
Os torcedores dos dois clubes estavam separados por uma proteção de vidro no estádio, mas houve aproximação e troca de agressões. A situação chegou a preocupar pela demora na chegada do reforço policial. O incidente gerou multa de R$ 50 mil a cada agremiação.
Os torcedores dos dois clubes estavam separados por uma proteção de vidro no estádio, mas houve aproximação e troca de agressões. A situação chegou a preocupar pela demora na chegada do reforço policial. O incidente gerou multa de R$ 50 mil a cada agremiação.
O histórico de problemas, porém, é mais antigo. "Isso não vem de agora. Vem pelo menos de uma década de jogos aqui", conta Frederico Pereira, presidente da Galotiba, Consulado do Atlético na capital paranaense. "A gente fica triste, porque nós, do Consulado, somos torcedores normais de sentar no bar ou ir ao estádio só para ver o jogo", continua.
Em 2019, um grupo de torcedores rubro-negros depredou o carro de um motorista de Uber que transportava um homem com a camisa do Atlético e sua namorada após o jogo entre os times. Naquela ocasião, o Athletico-PR venceu por 1 a 0 o confronto pelo Brasileirão.
Ameaça a torcedores
Episódios de violência seguem ocorrendo. Nessa terça-feira – véspera da decisão da Copa do Brasil –, o Superesportes presenciou uma ameaça de dois integrantes de uma organizada do Athletico-PR a quatro torcedores do Atlético que andavam no entorno da Arena da Baixada.
Guilherme Mafra, Pablo Oliveira, Lucas Amorim e outro homem não identificado pela reportagem saíram do local para evitar o confronto.
Guilherme Mafra, Pablo Oliveira, Lucas Amorim e outro homem não identificado pela reportagem saíram do local para evitar o confronto.
Os casos de violência fazem com que o policiamento local aumente a atenção para o jogo desta quarta-feira. São esperados 2,1 mil torcedores do Atlético na Arena da Baixada – e outros tantos espalhados pela cidade.
Por precaução, a Galotiba preferiu não divulgar tanto o evento marcado para recepcionar alvinegros vindos de outros lugares.
Por precaução, a Galotiba preferiu não divulgar tanto o evento marcado para recepcionar alvinegros vindos de outros lugares.
"A gente fica muito preocupado. Orientamos a torcida do Galo a evitar andar de camisa do time pela cidade. A gente teve que chamar reforço policial para a nossa concentração e até evitou fazer chamadas nas redes sociais, o que seria o correto se não houvesse um clima de rivalidade dessa forma", disse Frederico.