Reserva do Atlético, o lateral-esquerdo Dodô seria, para muitos analistas, titular em várias equipes do futebol brasileiro. Na Cidade do Galo, porém, enfrenta a dura concorrência de Guilherme Arana, a quem considera 'um dos melhores do mundo' na posição.




"Mesmo quando saem peças muito importantes, como são os jogadores selecionáveis, que têm saído durante o ano, como o próprio Arana, que hoje é um dos melhores laterais não só do Brasil, mas acho que do mundo todo, acho que a gente tem tido peças de qualidade para substituir, e isso tem mantido um nível técnico muito bom", disse, em entrevista nesta segunda-feira.

Ao longo da temporada, Guilherme Arana desfalcou o Atlético por ter sido convocado para a Seleção Brasileira. Nesses momentos, Dodô assumiu a titularidade e deu conta do recado.

Nesta terça-feira, voltará a substituir Arana, mas por outro motivo: o titular está suspenso por acúmulo de três cartões amarelos. O Atlético enfrenta o Athletico-PR a partir das 16h, na Arena da Baixada, em Curitiba, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

"Realmente, tem sido uma temporada de muita regularidade do nosso time. O time tem tido essa regularidade que, num campeonato como o Brasileirão, é importantíssima. É um campeonato longo, cansativo. Se você não tem peças para substituir à altura grandes jogadores, fica muito difícil fazer uma campanha como a gente tem feito", prosseguiu Dodô, ao mencionar a ótima campanha do Atlético, líder com 68 pontos - oito à frente do segundo colocado Flamengo.

Temporada diferente

Por conta de um litígio com o Cruzeiro - clube com o qual tinha contrato antes de acertar com o Atlético -, Dodô passou 2020 inteiro sem atuar. Transferiu-se para a Cidade do Galo e, a partir de fevereiro deste ano, voltou a jogar. Mesmo reserva, já fez 31 jogos na temporada - 22 como titular - e distribuiu uma assistência.

"Para mim, é um ano um pouco diferente, porque fiquei quase um ano e meio parado. Então, talvez eu nem estivesse pronto para fazer uma temporada completa, jogando de titular todos os jogos. Talvez para mim seria um pouco pesado", avaliou.




"Mesmo entrando em poucos jogos, acabei tendo uma lesão muscular, que é raríssima na minha carreira. Mas consegui administrar bem para conseguir trabalhar bem durante todo o ano. No geral, tem sido um ano muito positivo. Já fiz mais de 30 partidas, que são muitas, e pude ajudar o Galo quando foi necessário", completou.