Atlético divulgou balanço financeiro do primeiro semestre de 2021 (Foto: Divulgação/Atlético)


O Atlético divulgou, na noite desta sexta-feira, o relatório financeiro do primeiro semestre de 2021. De acordo com o documento, o clube registrou um superávit de R$ 49,207 milhões nos seis meses iniciais do ano e alongou o prazo para pagar a dívida bilionária, mas ainda não conseguiu reduzí-la.



A receita operacional bruta do Atlético no primeiro semestre foi de R$ 203,825 milhões. A líquida, com descontos de impostos, contribuições e direito arena, cai para R$ 193,367 milhões.

Os custos operacionais foram maiores: R$ 213,090 milhões. O superávit de R$ 49,207 milhões se dá devido a R$ 85,798 milhões em "receitas e despesas financeiras".

Receitas


Em comparação com o segundo semestre de 2020, o clube conseguiu aumento significativo nas receitas com o futebol profissional (de R$ 60,6 milhões para R$ 133,3 milhões). Isso se deveu aos quase R$ 40 milhões ganhos em premiação pelo terceiro lugar no Campeonato Brasileiro da última temporada - que só acabou em fevereiro.



Por outro lado, houve queda nas receitas patrimoniais - de R$ 205,7 milhões no segundo semestre de 2020 para R$ 55,9 milhões no primeiro de 2021. Os altos valores do ano passado dizem respeito, especialmente, à venda de 50,1% do Diamond Mall, shopping em Belo Horizonte negociado para conseguir recursos destinados à construção da Arena MRV.

Custos


Em comparação com o semestre anterior, os custos operacionais subiram 80%: de R$ 36,4 milhões para R$ 65,4 milhões. A alteração se deve principalmente a despesas com amortizações de direitos econômicos de jogadores contratados.

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Dívida


O Atlético mudou positivamente o perfil da dívida, mas não conseguiu reduzí-la. Pelo contrário: o valor oscilou 2,8% para cima. Somados, os passivos circulante (R$ 487,532 milhões) e não circulante (R$ 862,818 milhões) do clube totalizam R$ 1,350,350 bilhão.



Ao longo dos seis meses, o clube conseguiu descontos financeiros na ordem de R$ 95 milhões com credores. O ponto mais positivo, porém, foi a redução do passivo circulante (as dívidas com prazo de até 12 meses para pagar, que efetivamente "sufocam" o caixa alvinegro): de R$ 608,202 milhões no segundo semestre de 2020 para R$ 487,532 milhões no primeiro de 2021.

O passivo não circulante (dívidas com prazo superior a 12 meses para pagar), porém, subiu de R$ 713,624 milhões em 2020 para R$ 862,818 milhões ao fim de junho. Trata-se, em parte, do débito com investidores do clube (em especial Rubens Menin), que não tem juros e nem prazo para ser quitado.

No documento, o Atlético destaca, ainda, o aumento do patrimônio líquido em 93%.

(Foto: Reprodução)



Na Fifa


A redução significativa da dívida na Fifa também foi comemorada pelo clube. No último dia de 2020, o valor era de R$ 70 milhões. Deste total, 90% foi pago até 30 de junho de 2021. É um valor significativo, já que a entidade máxima do futebol mundial prevê penalizações severas (desde transfer ban até rebaixamento) a quem não pagar.



O documento


Ao longo do documento, o Atlético também destaca valores referentes aos clubes sociais e ao trabalho do departamento de comunicação e marketing, além das inovações buscadas pela diretoria na interação com os torcedores. Clique AQUI para lê-lo na íntegra.

O clube pretende divulgar uma nova versão do relatório, sobre o terceiro trimestre de 2021, na primeira metade de outubro.