O time titular do Atlético passou "ileso" pela janela de transferências das maiores ligas da Europa, que se fechou no fim de agosto. Sem vender nenhum dos principais jogadores, o clube alvinegro se vê diante de uma aparente contradição: fora de campo, ficou longe da meta de arrecadação anual com negociações; dentro dele, ganhou força na briga pelos sonhados títulos.
As maiores vendas do Atlético em 2021 foram as do volante Léo Sena para o Spezia (R$ 8,1 milhões), do zagueiro Gabriel para o Yokohama FC (R$ 10,2 milhões), do meia David Terans para o Athletico-PR (R$ 7,5 milhões) e do atacante Marrony para o Midtjylland (R$ 27,5 milhões, sendo R$ 18,3 milhões à vista e o restante em junho de 2023). Os valores correspondem às cotações dos dias em que as transferências foram oficializadas.
Com as quatro negociações, o clube alvinegro garantiu R$ 53,3 milhões - já considerando a segunda parcela do pagamento do Midtjylland por Marrony, que só será realizada daqui quase dois anos. Houve outras vendas menores, como a do atacante Edinho ao Fortaleza (menos de R$ 2 milhões), por exemplo, mas sem tanto impacto nos cofres atleticanos.
O valor arrecadado até aqui está bem distante dos R$ 120 milhões projetados pelo Atlético para 2021, segundo orçamento financeiro aprovado pelo Conselho Deliberativo em 30 de novembro de 2020. O clube ainda pode alcançar a meta, já que outros mercados (em algumas ligas na Europa, na Ásia e no Oriente Médio) continuam abertos. A missão, porém, é muito difícil de ser concluída ainda na metade do ano, já que as negociações com esses países costumam envolver menos dinheiro.
A expectativa do clube é conseguir uma boa venda na janela do fim do ano (inverno europeu), que costuma ser menos movimentada. "(Meta de) Venda de atleta a gente não atingiu ainda. Fomos bem até agosto e vamos ter que vender um atleta bem vendido na janela de dezembro", admitiu o empresário Rafael Menin, um dos investidores responsáveis por gerir o clube, em entrevista ao Fala Galo.
A expectativa do clube é conseguir uma boa venda na janela do fim do ano (inverno europeu), que costuma ser menos movimentada. "(Meta de) Venda de atleta a gente não atingiu ainda. Fomos bem até agosto e vamos ter que vender um atleta bem vendido na janela de dezembro", admitiu o empresário Rafael Menin, um dos investidores responsáveis por gerir o clube, em entrevista ao Fala Galo.
Por outro lado...
O Atlético passou por mais uma janela de transferências sem perder nenhum titular. As últimas negociações de atletas com esse status foram feitas na virada da temporada 2019 para a de 2020, com saídas do atacante Yimmi Chará ao Portland Timbers e do goleiro Cleiton ao Red Bull Bragantino.
Se por um lado isso significa mais problemas para os endividados cofres alvinegros, por outro garante um time fortalecido na briga pelos títulos. Em campo, o Atlético vive uma temporada perfeita: campeão mineiro, é líder do Campeonato Brasileiro, semifinalista da Libertadores e está nas quartas de final da Copa do Brasil.
O elenco tem sido reforçado a cada período de negociações e conta com estrelas como o meia Nacho Fernández e os atacantes Eduardo Vargas, Hulk e Diego Costa. Há, ainda, jovens atletas com potencial de venda, segundo avaliação interna do clube: o lateral-direito Guga (23 anos), o zagueiro Nathan Silva (24), o lateral-esquerdo Guilherme Arana (24), o meio-campista Matías Zaracho (24) e os atacantes Savarino (24) e Sávio (17). Por enquanto, porém, tudo segue como expectativa.