O Atlético espera inaugurar seu estádio particular, a Arena MRV, em outubro de 2022. O empreendimento está sendo erguido no bairro Califórnia, região Noroeste de Belo Horizonte, e terá capacidade para 46 mil torcedores. Mas qual será o potencial de faturamento da futura casa do Galo? A resposta foi dada pelo vice-presidente do Conselho Deliberativo, Rafael Menin, que integra o colegiado responsável por auxiliar o presidente Sérgio Coelho na atual gestão.
Novas fotos da obra da Arena MRV (21/5/21)
Com base em receitas dos estádios de Grêmio, Internacional e Palmeiras, Rafael estima que o Atlético possa atingir um faturamento anual de R$ 100 milhões com a Arena MRV. O valor inclui a arrecadação com bilheteria, programa de sócio-torcedor (Galo na Veia) e eventos diversos realizados.
Segundo Rafael Menin, Grêmio e Internacional faturam, cada um, por ano, entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões com a Arena do Grêmio e o Beira-Rio, respectivamente.
A diferença é que o Atlético será proprietário do seu estádio, enquanto Grêmio e Internacional são parceiros de outras empresas em seus empreendimentos. “A Arena do Grêmio não é do Grêmio. O Grêmio tem uma participação na receita. O Inter também tem uma joint-venture (parceria por tempo determinado) com a BRio, detém uma participação também na Arena (Beira-Rio). E o Galo tem uma situação muito peculiar no Brasil, porque vai ter uma arena que é integralmente do clube.”, explicou Rafael Menin em entrevista ao Canal do Nicola no Youtube.
“Um outro dado é a arena do Palmeiras (Allianz Parque). O ano passado foi atípico, mas ele (Palmeiras) arrecadou em 2018, no seu melhor ano, entre sócio e bilheteria, R$ 125 milhões. E a Arena, que é da WTorre, faturou outros R$ 120 milhões. Se a gente computar receita com evento, toda receita da Arena e a receita do Palmeiras, são mais de R$ 200 milhões por ano”, exemplificou Rafael Menin.
No ano de 2019, o Atlético faturou R$ 16,8 milhões com bilheteria e R$ 10,3 milhões com o seu programa de sócio-torcedor, o Galo na Veia. No total, R$ 27,2 milhões.
Para Rafael Menin, será possível ao menos quadruplicar essa receita quando o Galo tiver a Arena MRV em pleno funcionamento, a partir de 2023.
“A gente sabe que São Paulo tem uma realidade comercial diferente, mas a gente acha que é possível, sendo a Arena MRV do Atlético, ter uma receita superior a essa média que eu fiz aqui do Grêmio e do Inter. Nossa expectativa é que com sócio, bilheteria e eventos, que esse pacote vai trazer uma arrecadação superior a R$ 100 milhões por ano ao Atlético. E o Atlético, nos últimos quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2019 - sem contar 2020, pela pandemia), teve média de R$ 25 milhões. Ou seja, tem um espaço aí para aumentar a arrecadação em R$ 75 milhões por ano”, estimou Rafael Menin.
Segundo o balanço de 2020 do Atlético, as receitas com bilheteria e sócio-torcedor foram de R$ 692 mil e R$ 9,9 milhões, respectivamente. As quedas se deveram à pandemia da COVID-19, uma vez que os jogos não puderam receber público.