E Cuca sabe exatamente como pode encaixar o jogador de 28 anos no time. Tchê Tchê atua como lateral-direito e, principalmente, no meio, setor do campo em que se sente à vontade em qualquer posição. O treinador ainda o vê como possibilidade para exercer funções de ala esquerdo ou até mesmo um “falso ponta”.
“É um jogador que, se você precisar na lateral direita, joga; se precisar na lateral esquerda, já jogou; faz primeiro volante, faz a junção do meio-campo com o ataque, faz um falso ponta. Então, ele te deixa muito à vontade dentro do jogo para você mudar um sistema”, analisou o treinador.
“Assim como tem ele (na direita), do outro lado tem o (Guilherme) Arana, que também é um jogador que faz múltiplas funções, só para dar um exemplo. Tem também o Allan. De repente, a gente vai conseguir, dentro da característica deles, com o passar dos treinamentos e jogos, ter uma equipe que tem uma movimentação bastante interessante”, continuou.
Relação com Cuca
Após um início de carreira com pouco brilho, Tchê Tchê chamou atenção de grandes clubes em 2016, quando ajudou o Audax a ser vice-campeão paulista. Naquele ano, transferiu-se para o Palmeiras. Depois, passou pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia, antes de chegar ao São Paulo.
Cuca foi um dos responsáveis por intermediar a transferência de Tchê Tchê do Audax ao Palmeiras. “Quando ele surgiu forte no Audax, eu havia sido contratado pelo Palmeiras e gostei muito da intensidade e da mobilidade do jogador. Conversei com o Vampeta (então presidente do clube do interior paulista), que foi muito companheiro e deixou ele ir para o Palmeiras naquela ocasião”, prosseguiu Cuca.
No Palmeiras, Tchê Tchê viveu o melhor momento da carreira até aqui. Sob o comando de Cuca, atuou como primeiro e segundo volante. Em certas ocasiões, jogou na lateral direita, em movimentação “casada” com Jean. No meio-campo, formou dupla de destaque ao lado de Moisés.
“Ele fez um grande campeonato. Eu me lembro que lá no Palmeiras a gente fazia, durante a partida, algumas trocas. E nessas trocas o Tchê Tchê fazia trocas com o Jean, que vinha para volante. De volante, o Tchê Tchê virava lateral. Ele amadureceu, passou a ser um jogador mais encorpado, foi jogar na Europa, voltou para o São Paulo, fez grandes jogos pelo São Paulo”, prosseguiu Cuca.
Na Europa, Tchê Tchê não conseguiu repetir as boas atuações que o fizeram ser um dos principais jogadores do campeão brasileiro de 2016. O retorno ao Brasil foi intermediado também por Cuca, que o levou ao São Paulo. Agora, estão juntos novamente para, quem sabe, recolocarem o Atlético nos caminhos dos títulos.