Galo de Sampaoli precisa voltar a vence fora de casa após 50 dias (Foto: Pedro Souza / Atlético)

Com duas vitórias em dois jogos em casa, sobre Santos e Fortaleza, o Atlético faz mais uma “final” neste fim de Campeonato Brasileiro, contra o Goiás, nesta quarta, às 21h30, na Serrinha, em Goiânia. Para seguir na cola do líder, Internacional, o Galo tentará voltar a vencer como visitante depois de 50 dias: a última vez foi no 1 a 0 sobre o Athletico, em 12 de dezembro, ainda pela 25ª rodada.



            
Depois disso, perdeu para o São Paulo (3 a 0) e Vasco (3 a 2) e empatou com Grêmio (1 a 1) e Bragantino (2 a 2). Com isso, é o pior visitante entre os integrantes do G4, com apenas 37,5% de aproveitamento. O Flamengo é o melhor quando joga longe de seus domínios (64,71%), com Internacional em segundo (52,08%) e São Paulo fechando o grupo (50,98%).

Todos no clube sabem que precisam melhorar esse desempenho. E prometem ainda mais empenho na partida desta quarta, na qual a vitória é fundamental para que o alvinegro siga na briga pelo título nacional.

“Eu cheguei aqui (em novembro) acreditando na conquista do título. Tivemos algumas quedas de rendimento durante o campeonato, mas agora voltamos a ganhar e estar entre os três melhores do Brasileiro. Vamos jogar em um campo muito difícil, onde o Goiás tem ido muito bem. Não tivemos muito tempo para ver o rival, mas vamos conseguir analisá-lo e enfrentá-lo da melhor maneira possível”, afirma o atacante Eduardo Vargas, autor do segundo gol no triunfo sobre o Fortaleza.




Apesar de estar atrás de Internacional e Flamengo, o Atlético ainda acredita na taça, até porque os dois times que estão à frente se enfrentam na 37ª rodada, no Maracanã. Por isso, resta vencer todos os duelos e torcer para que os rivais percam pontos nos últimos confrontos.
“Nosso pensamento é sempre brigar pelo título. Temos de ter concentração, fazer os gols e vencer os jogos”, diz o jogador.
Ele deverá ser novamente titular, como ocorreu no domingo. Só espera atuar como no segundo tempo, quando se posicionou mais à esquerda do ataque, no setor em que atua Keno, e não centralizado, como no primeiro tempo, quando teve muitas dificuldades.




“Jogando como camisa 9, às vezes você não pega muito na bola, mas me sinto bem em qualquer posição, jogo onde o (técnico) Jorge Sampaoli quiser. No lugar do Keno me senti melhor, participei mais do jogo”, argumenta o chileno, que aposta no ritmo para marcar mais gols. “Tenho de tentar chegar mais vezes à área quando os companheiros, como Savarino e Arana, fazem os cruzamentos. Acredito na minha continuidade e por isso estou trabalhando para tentar fazer mais gols.”

Além de Vargas, Sampaoli levou 24 jogadores para a capital goiana, tendo Zaracho, recuperado de contusão, como novidade. Porém, terá de cortar dois atletas, sendo obrigatoriamente um estrangeiro, pois a CBF só permite 23 relacionados por jogo e cinco não brasileiros entre eles.

O ADVERSÁRIO

Se o Atlético sonha com o título, o Goiás briga contra o rebaixamento, mais provável a cada rodada. O time vem de goleada por 3 a 0 para o Fluminense, no Rio, além de não vencer em casa há dois jogos: foi derrotado por Flamengo (3 a 0) e Ceará (4 a 0).




“Vai ser um jogo muito complicado, contra adversário de qualidade, mas temos de ser fortes mentalmente para atingir o objetivo traçado: permanecer na Série A do Brasileiro”, afirmou o técnico Glauber Ramos.

Goiás x Atlético

Goiás
Tadeu; Taylon, David Duarte, Fábio Sanches e Heron; Ariel Cabral, Henrique Lordelo, Shaylon e Douglas Baggio; Rafael Moura e Fernandão. Técnico: Glauber Ramos
Atlético
Everson; Guga, Réver, Junior Alonso e Guilherme Arana; Jair, Allan e Hyoran; Savarino, Eduardo Sasha e Eduardo Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli
34ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Serrinha, em Goiânia
Horário: 21h30
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ)
VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
TV: Globo e pay-per-view
Atleticanos pendurados: Gabriel, Guga, Hyoran, Igor Rabello, Jair, Jorge Sampaoli e Keno