Ruben Menin e Rafael Menin, empresários ligados ao Atlético (Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Assim como foi em 2020 - quando gastou mais de R$ 180 milhões -, o Atlético terá um alto nível de investimento na contratação de jogadores este ano. No processo de reforçar o elenco, o diretor de futebol Rodrigo Caetano vai trabalhar em três vias: discutir com o técnico Jorge Sampaoli os nomes desejados, convencer os empresários parceiros a bancar os negócios e, aí sim, iniciar as tratativas com clubes e atletas.




Para tornar essa linha de trabalho mais eficiente, o novo dirigente alvinegro tem o plano de fortalecer o departamento de análise de desempenho do Atlético. A estratégia é ter ainda mais dados sobre o mercado. Com informações detalhadas em mãos, Caetano pretende ter argumentos mais fortes para convencer os empresários que vale a pena investir em determinado jogador desejado pela comissão técnica.


Há anos, as principais contratações efetuadas pelo clube alvinegro são viabilizadas a partir de empréstimos feitos por investidores como Rubens e Rafael Menin, que comandam a MRV Engenharia. Em 2020, a quantidade de dinheiro repassado ao Atlético aumentou - tendência que deve ser reforçada em 2021.

Desde a última segunda-feira, os dois fazem oficialmente parte do órgão colegiado responsável por administrar o clube. O grupo conta ainda com os empresários Ricardo Guimarães (Banco Bmg) e Renato Salvador (Materdei), além dos recém-eleitos presidente Sérgio Coelho e vice José Murilo Procópio.




“A gente tem profissionais e pretende melhorar ainda mais esse setor de captação, de análise e prospecção de atletas, justamente para que esse órgão se sinta mais seguro no momento em que for necessário qualquer tipo de investimento”, pontuou Rodrigo Caetano, na entrevista coletiva de apresentação, nessa sexta-feira, na Cidade do Galo.

Atualmente, a comissão técnica do departamento de futebol profissional do Atlético conta com três analistas de desempenho (Diogo Alves, Frederico Fortes e Gustavo Nicoline) e um observador técnico (Fernando Ziskind). A expectativa é que o grupo seja reforçado nos próximos dias.

Relação com empresários


A relação de Rodrigo Caetano com o órgão colegiado instituído pelo Atlético será mediada especialmente por Renato Salvador. O empresário estará ligado às decisões mais importantes do departamento de futebol, como as negociações para saída e chegada de jogadores. Há, porém, diferenças nas atribuições dos dois.




“A função de um executivo, de um profissional, por si só se define no que se refere à diferença em relação a um dirigente estatutário. A função de um executivo é técnica. Eu tenho que ser um suporte e, principalmente, um elo entre todas as áreas do departamento de futebol, principalmente com a diretoria estatutária - hoje, o presidente e esse órgão colegiado, tendo na figura do Renato Salvador o mais próximo aqui do futebol”, explicou Rodrigo Caetano.