Depois de
Nathan detalhar alguns aspectos da convivência
dos jogadores do
Atlético
com o treinador
Rafael Dudamel
durante sua curta passagem pela Cidade do Galo, o venezuelano rebateu a declaração do meia alvinegro. Em entrevista ao
Portal Meridiano Online
, o ex-técnico do Galo
disse que a crítica lhe pareceu “covarde”
e justificou ter tido
respaldo do presidente Sérgio Sette Câmara
sobre as medidas de convivência que impôs.
"Queríamos que todos almoçassem ao mesmo tempo. Um chegava às 12h, outros às 12h30. Isso para mim, como concepção de futebolista, não entrava na minha cabeça. Como seria uma equipe ganhadora se não tinha as mínimas normas coletivas de comportamento? Então, para jogadores que vinham andando por conta própria, isso causou certo choque.
Essas declarações me soaram muito covardes, porque as portas da minha sala sempre estiveram abertas para conversar
", declarou Dudamel.
Em entrevista à
TV Record Minas
, Nathan disse que alguns jogadores “acabavam ficando de saco cheio” por conta de
regras instituídas pelo venezuelano
. “O Dudamel era um cara que às vezes queria muito mandar, mandar, mandar. Deixava a gente trancado no CT e tal. Tem alguns jogadores que não gostam disso e acabavam ficando de saco cheio: ‘Pô, o cara quer mandar em tudo’”, revelou.
Apesar de as medidas impostas terem desagradado alguns atletas,
Dudamel disse ter tido respaldo
do presidente Sérgio Sette Câmara para aplicá-las.
“Em uma reunião com o presidente, eu disse a ele que, com todo respeito,
o Atlético que encontrei era um clube social
. Porque as normas que vivi no futebol e os espaços, havia muitas coisas diferentes. Me lembro que ele me disse que o
‘Rei do CT’ se chama Rafael Dudamel e me deixou tomar as medidas que considerava necessárias
. Foi tudo tomando um norte e uma forma", justificou o ex-treinador do Galo.
‘Clube social’
A primeira experiência de Rafael Dudamel como treinador de clubes foi no Atlético, e
durou apenas 52 dias
- ou 10 jogos - até ser demitido. Segundo o venezuelano, ele teve
dificuldades de adaptação à cultura do futebol brasileiro
. Em sua curta passagem por Belo Horizonte, o comandante disse que a
Cidade do Galo parecia um ‘clube social’
.
“Para mim foi muito difícil, por exemplo, encontrar na concentração o motorista do ônibus, ou a podóloga, ou a secretária do presidente almoçando no mesmo momento dos jogadores, juntos. Fomos dando um pouco de ordem a cada espaço, a cada área, conversando com os jogadores e com cada profissional", disse Dudamel.
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