O América encerrou, nessa quarta-feira (8/2), as negociações com o grupo interessado na compra de parte da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do clube. O Superesportes lista, a seguir, alguns dos motivos para o fim das conversas.
O anúncio foi feito pelo presidente da SAF, Marcus Salum, em vídeo divulgado nas redes sociais, após reunião com o Conselho de Administração. Robert Platek, empresário norte-americano responsável pela empresa MSD Capital, era o principal candidato a adquirir o clube mineiro.
"Tinham cláusulas que a gente não abria mão e que elas foram modificadas, nós chegamos a negociar. Mas, infelizmente, o futebol mudou de tamanho, mudou de patamar, e nós fazemos entender ao grupo que precisava investir mais. E como nós chegamos no impasse, nós entendemos que a melhor solução seria encerrar a negociação", explicou Salum.
Mas o que eram essas cláusulas? Conforme apurou a reportagem, o América quer um modelo diferente de outras SAF's do futebol brasileiro. O Coelho não pretende incluir o patrimônio imobiliário e quer manter cerca de 30% das ações.
No entanto, o pedido mais complexo foi a possibilidade de recompra do clube e eventual saída do parceiro. Isso só seria possível por meio de metas esportivas no contrato.
Platek teria aceitado inicialmente as exigências do América, mas ao chegar na conclusão do negócio, tentou promover pequenas mudanças, postura essa que desagradou a diretoria.
Além disso, como ressaltou Salum, o clube entendeu que seria pouco aporte financeiro pela mudança de patamar recente da equipe. Os conselheiros sabem do risco da negociação e esperam uma compensação maior.
SAF do América
Esta foi a segunda negociação mais avançada pela venda da SAF do América que não foi finalizada. No começo de 2022, o clube também encerrou as conversas com Joseph Dagrossa, bilionário norte-americano do Grupo Kapital Football.
A diretoria americana ainda exige outras três condições para acertar com o investidor. O eventual parceiro deverá zerar a dívida do clube, construir um centro de treinamento e aplicar capital para a compra de jogadores.
De volta ao mercado, o América, liderado por Marcus Salum, vai passar novamente por todo o processo, ouvindo interessados para, eventualmente, fechar um acordo de exclusividade.