Comentarista do SporTV na Copa do Mundo, Lisca relembrou a passagem pelo América ao comparar o time de 2020 com o Marrocos, grande surpresa do torneio no Catar.
Para o treinador, o Coelho daquele ano realizava um pressão parecida, com inteligência tática dos jogadores. O comentário foi feito durante a transmissão de França 2 x 0 Marrocos, nessa quarta-feira (14/12), pela semifinal da Copa.
"Eles fazem um serviço muito importante, de cobertura e de dobra. Eu falo isso porque o meu time do América, em 2020, pressionava assim. Com Juninho e Alê, eram os meias internos que pressionavam os extremos. O Ademir e o Felipe Azevedo faziam esse mesmo trabalho", afirmou.
Apesar da eliminação, a Seleção de Marrocos se destacou pelo grande desempenho defensivo. Foram apenas três gols sofridos em seis jogos na competição.
Além de elogiar a característica dos marroquinos, Lisca relembrou uma campanha similar do América, mas na Copa do Brasil. Em 2020, o time mineiro chegou à semifinal da competição e foi eliminado pelo Palmeiras.
"Acho muito legal, porque é um sistema defensivo. O América foi semifinalista da Copa do Brasil estando na Série B, com um investimento baixo, muito pela questão tática e pela inteligência dos jogadores para cumprirem a função", destacou.
"Acho muito legal que o Marrocos tenha esse sucesso, para mostrar que defensivamente também pode se jogar futebol. Não é só ofensivamente, com posse de bola", completou o técnico.
Lisca no América
Além de chegar à semifinal da Copa do Brasil, Lisca comandou a equipe no vice-campeonato da Série B do Brasileiro naquele ano. Ao todo, foram 40 vitórias, 27 empates e 15 derrotas em 82 jogos, com um aproveitamento de 59,7%. O técnico pediu demissão em junho de 2021, após um começo negativo na Série A.
Após deixar o América, Lisca assumiu o Vasco em julho do ano passado, mas pediu demissão dois meses depois. Ele comandou a equipe carioca em 12 partidas, com quatro vitórias, um empate e sete derrotas.
Ficou sem clube até ser contratado pelo Sport, em junho de 2022. No entanto, deixou o Leão após quatro partidas para assumir o Santos. Pelo Peixe, foram apenas oito jogos antes de comandar o Avaí por sete compromissos antes de ser demitido.