Vagner Mancini, técnico do América (Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


O técnico Vagner Mancini assumiu a responsabilidade por uma estratégia que, nas palavras do próprio treinador, deu errado no América na derrota diante do Fortaleza, na noite deste sábado (15/10), no Independência, em Belo Horizonte. Ele optou pela escalação do jovem Gustavinho na vaga de Everaldo.



 
Dugout
 

Em virtude de um edema na parte posterior da coxa direita, Everaldo foi preservado pelo América na derrota para o Fortaleza. Gustavinho entrou em seu lugar na ponta direita, mas não teve bom desempenho.

"No primeiro tempo, a gente teve muita dificuldade. Nós idealizamos uma estratégia com a entrada do Gustavinho que não deu certo. Essa é a verdade. Eu assumo a responsabilidade. A gente queria ter pelo menos o Matheusinho por dentro e mais um jogador de velocidade, porque nós sabíamos que a gente iria enfrentar uma equipe que marca forte, que não dá espaço", explicou.

"A gente viu um América com dificuldade na armação de jogo. Até mesmo a entrada do Luan Patrick na lateral direita causou dificuldade para articular jogada. No meio do primeiro tempo, eu fiz a troca do Matheusinho com o Gustavinho. Melhorou um pouquinho, mas não o suficiente", completou.




Mancini também disse ter visto uma evolução do América no segundo tempo no Horto, mas mencionou os erros cometidos nos gols do Fortaleza como fatores decisivos negativamente.

"Na segunda etapa, o América melhorou com as entradas do Benítez e do Mastriani. E, depois, com as substituições também. Mas nós acabamos bobeando em dois lances. O primeiro gol do Fortaleza, onde tínhamos cinco contra dois. A gente não poderia ter tomado gol. E no segundo gol, foi um lance onde o jogador do Fortaleza cai no campo e aí volta devagar. Não sei se os atletas da zaga do América não viram. De repente, o Galhardo recebe a bola em profundidade. Ou seja, dois lances que poderiam ter sido evitados", analisou.

O que faltou ao América?


Ainda na visão de Mancini, o Coelho sofreu por competir com uma equipe de maior força física. O treinador também acredita que a dificuldade de uma armação de qualidade prejudicou bastante o jogo de seu time.




"Num jogo desses, extremamente competitivo, nós enfrentamos uma equipe que competiu bastante com a gente, até com um pouquinho mais de força física. Isso acabou sendo a maior dificuldade nossa, porque nós não conseguimos botar a bola no chão e jogar em velocidade, como normalmente a gente faz. O Fortaleza fez muitas faltas, truncar muito o jogo, marcou muito bem no setor de meio-campo. Alê, Juninho, Matheusinho e Benítez tiveram pouco espaço para jogar. Encontrávamos mais espaço nas laterais do campo", disse.

"Ainda fizemos o gol do Wellington Paulista e tivemos outro lance de perigo, mas tudo fruto de pressão. Nada de botar a bola no chão e realmente jogar. Então, a gente fica chateado, porque nós esperávamos um outro resultado. A gente entende o torcedor, que deve estar mais chateado do que a gente até, mas é o Brasileiro. Vai ter dia em que a equipe não vai apresentar um bom futebol e, infelizmente, foi hoje", completou.
 
Dugout
 

De toda forma, o técnico reconheceu o empenho do Coelho até os últimos instantes da partida. Ele valorizou a entrega dos jogadores, apesar de ter avaliado o coletivo abaixo do padrão.




"Existem dias onde a gente vê um desempenho geral. Hoje, eu acho que coletivamente a gente não foi bem. Individualmente, a gente oscilou no jogo - alguns bons momentos, outros não. Mas foi uma equipe que brigou o jogo inteiro. Os atletas não aceitaram a derrota mesmo quando nós levamos o segundo gol. Lutaram até o último segundo do jogo, e isso também tem que ser dito aqui, que o time briga até o último segundo. A gente poderia até ter empatado o jogo naqueles dois chutes do Matheusinho que eu estaria falando a mesma coisa aqui", encerrou.