Coordenador de futebol clube-empresa do América, Marcus Salum revelou detalhes das negociações do clube para vender ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Segundo o dirigente, o Coelho aguarda as propostas financeiras de "dois ou três investidores".

Após encerrar as conversas com o bilionário norte-americano Joseph Dagrosa, do Grupo Kapital Football, no começo deste ano, o América voltou a se reunir com os interessados.

Em entrevista ao Superesportes, nesta quinta-feira (12), Salum garantiu que todos os investidores são estrangeiros e têm experiência com futebol. Um deles é norte-americano. (assista ao vídeo abaixo). 

"Nós estamos conversando com alguns grupos, e está para chegar proposta numérica, porque a proposta de trabalho nós já conversamos com muita gente. Todos já entenderam o que queremos, e alguns ficaram de entregar uma proposta efetiva", explicou o dirigente.

Venda de, no máximo, 70% das ações 

Salum ainda garantiu que o América segue trabalhando com a ideia de vender, no máximo, 70% das ações. O coordenador ressalta o cuidado para que a negociação não ocorra às pressas. 

"Só que o América vem melhorando, melhorando.. Não é que eu não queira mais, mas tem que valer a pena. O América tem uma dívida equilibrada, pagando em dia o parcelamento. Está auferindo receita por resultado em campo. Não é qualquer um que vai pegar metade do que eu tenho, ou 60%, por um valor que não me interessa", afirmou. 

Investimento obrigatório no futebol

O dirigente do Coelho ainda revelou duas condições para que a venda seja concluída: a garantia de investimento no futebol e a quitação da dívida do clube, que gira em torno de R$ 83,5 milhões (R$ 69,5 milhões em longo prazo).

"O América quer ser competitivo na Série A. Para isso, tem que ter investimento no futebol. Para eu aceitar a proposta, eu tenho que quitar minha dívida, que é pequena, porque a associação não vai ter receita, tem que estar sem dívida. Isso já acertamos com todo mundo. Tem que zerar", afirmou.

Não há, no momento, um prazo estabelecido pela diretoria americana para bater o martelo. Apesar disso, o clube entende que o melhor é fechar com o investidor antes de uma janela de transferências. 

 

"Se eu for fechar neste ano, tem que ser antes da janela (julho), senão só vou fechar no final do ano, porque não vai mudar nada para mim. O primeiro horizonte é a janela (do meio de ano)", concluiu Salum. 

Assista à entrevista de Marcus Salum ao Superesportes Entrevista