Para o dirigente Marcus Salum, torcedor americano sentiu orgulho da façanha do time (Foto: Lucas Bretas/Superesportes)


O América demonstrou muita garra, luta e dedicação ao superar o Guaraní, do Paraguai, no jogo de volta da segunda fase da Copa Libertadores. Após começar perdendo por 2 a 0, o time reagiu na etapa final e virou para 3 a 2, com dois gols de Wellington Paulista, aos 12 e 28 minutos, e um de Pedrinho, aos 47. Nos pênaltis, o Coelho ganhou por 5 a 4 e manteve vivo o objetivo de alcançar um dos grupos do torneio continental.




Ao analisar a classificação, o coordenador geral Marcus Salum revelou que já previa uma disputa por pênaltis e ressaltou a fase de aprendizado do clube na competição. Segundo ele, os mais de 200 torcedores alviverdes que estiveram no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, e os milhares espalhados por Minas Gerais sentiram orgulho de uma equipe que em momento algum deixou de acreditar no resultado, apesar da derrota por 1 a 0 no confronto de ida, há uma semana, no Independência, em Belo Horizonte.



“Falei com os jogadores essa semana que o jogo seria duro e que ganharíamos nos pênaltis. E que nós tínhamos só uma aula de Libertadores, que foi o jogo em casa. Essa foi uma aula de pós-graduação. Libertadores é isso. Missão cumprida. Temos que aprender, jogar todo ano e crescer, pois só com experiência vamos chegar. Esse grupo hoje foi valoroso, Marquinhos muito bem, todos os jogadores. Virar esse jogo e ganhar nos pênaltis é um negócio que nos dá muito orgulho. Acho que o americano não esperava receber esse presente depois daquele primeiro tempo. Foi muito importante para a nossa caminhada geral”.

Para Salum, a equipe do América ainda está em fase de construção em aspectos táticos, técnicos, físicos e mentais. A superação demonstrada diante do Guaraní impulsiona a parte psicológica dos atletas e eleva o astral para o próximo desafio na competição, contra o Barcelona, do Equador. O primeiro confronto será em Belo Horizonte, na semana dos dias 8 a 10 de março, e o segundo em Guayaquil, em 15, 16 ou 17 do mesmo mês.




“Um time para disputar um ano igual a esse não se forma no começo do ano. É uma construção mês a mês, jogo a jogo. Você contrata um grupo e vai ajustando para ver as necessidades. Lógico que isso é um projeto interno, e não externo. Não se fala isso.  A gente observa e vai ajeitando.  Por isso nossa comissão técnica é muito competente, está sabendo disso, e nós estamos construindo o time”.

O gestor de futebol frisou que parte das dificuldades do elenco se deve ao estágio ainda inicial de evolução física dos atletas. “O Alê veio de COVID, jogou, correu, se esforçou. O América é assim, é garra, é pegada, grupo unido. Estamos construindo o time para que a gente possa ter o mesmo sucesso do ano passado (...). O Everaldo teve COVID, dor de garganta e só hoje fez a primeira partida em condições normais. Futebol é isso, tem que ter calma. Não se analisa futebol por um jogo, e sim pela sequência”.

Com a vitória sobre o Guarani, o América acumulou US$ 1,1 milhão (R$ 5,6 milhões) em premiação na Libertadores - US$ 500 mil na segunda fase e US$ 600 mil na terceira. Caso passe pelo Barcelona e ingresse em um grupo, acrescentará mais US$ 3 milhões pelos três jogos como mandante, totalizando uma receita de US$ 4,1 milhões (R$ 21 milhões).



Antes de pensar na Libertadores, o Coelho terá compromisso pelo Mineiro, no qual está fora do G4, em quinto lugar, com 14 pontos - um a menos que a quarta Caldense. O técnico Marquinhos Santos deve escalar os reservas contra o Villa Nova, às 16h30 deste sábado, no Independência, pela nona rodada. O América necessita de um triunfo para continuar com chances de avançar às semifinais.