Após ouvir áudio do VAR, Salum diz que árbitro foi impedido de ir à cabine
Representantes do Coelho foram até a sede da FMF para escutar as gravações do VAR no lance polêmico de pênalti não marcado na final do Mineiro
Por Redação
24/05/2021 16:00
- Atualizado em: 24/05/2021 16:45
Integrantes da diretoria do América foram até a sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), nesta segunda-feira (24/05), para escutar as gravações da equipe do VAR com o árbitro Felipe Fernandes de Lima em lance polêmico na final do Campeonato Mineiro contra o Atlético. O Coelho questionava os motivos que levaram o juiz a não marcar um pênalti de Igor Rabello sobre o zagueiro Eduardo Bauermann, aos 47 minutos do segundo tempo, e que poderia mudar a história da decisão.
De acordo com Marcus Salum, responsável pelo departamento de futebol do América, a visita à sede da entidade só serviu para aumentar a certeza de que o clube foi prejudicado na reta final do clássico.
Para Salum, o árbitro de vídeo Emerson de Almeida Ferreira, que estava na sala do VAR, impediu o árbitro de campo de checar o monitor para tirar suas dúvidas no lance. Assim, o duelo terminou empatado por 0 a 0 e o título ficou com o Atlético.
“O primeiro pênalti foi claro, o juiz apitou e foi confirmado pela cabine. O segundo foi um lance polêmico porque tem mais de uma opinião, mas no nosso entendimento foi claríssimo. O jogador do Atlético empurrou o jogador do América antes de a bola chegar, mas no entendimento da cabine, a mão que tocou no jogador do América era a mão de referência do zagueiro. Não consegui entender essa frase (mão de referência) até agora. Mas, de toda forma, o juiz tentou ir à cabine e foi impedido pelo comando, que disse que não havia necessidade”, declarou.
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“Nós lamentamos muito, porque isso mancha a boa arbitragem do Felipe. Tenho que reconhecer que ele apitou o jogo muito bem e infelizmente a cabine do VAR, no nosso entendimento, não agiu da forma que teria que agir”, concluiu Salum.
Também representaram o clube na reunião o presidente Alencar da Silveira Junior e o integrante do Conselho de Administração Euler Araújo. Além deles, estavam no encontro Adriano Aro, presidente da FMF; Leonardo Barbosa, diretor de competições; e Juliano Lobato, presidente da Comissão de Arbitragem.
Posicionamento da FMF
O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol, Juliano Lopes Lobato, avaliou os lances polêmicos da final do Campeonato Mineiro, entre Atlético e América, e entendeu que o árbitro Felipe Fernandes de Lima acertou em todas as suas marcações.
Aos quatro minutos do segundo tempo, Felipe Fernandes de Lima marcou pênalti de Igor Rabello, do Atlético, sobre Felipe Azevedo, do América. No entendimento de Juliano Lopes Lobato, a marcação foi correta, uma vez que houve carga nas costas do atacante americano e não no ombro.
Dazn
Em áudio enviado à imprensa, o presidente da Comissão de Arbitragem fez a sua análise. “O jogador do Atlético, o defensor do Atlético (Igor Rabello) faz uma carga nas costas do jogador do América usando força desproporcional. E com essa carga, o atleta do América cai no chão, e uma penalidade é marcada. Nesse caso, a cabine do VAR estava checando a imagem que o árbitro marcou a penalidade com a sua intuição. Ele estava bem colocado no jogo, no lance, de frente para o lance. Enquanto isso, a cabine do VAR estava checando a imagem. A imagem foi checada e mostrou que o árbitro acertou em marcar essa penalidade”.
A decisão mais polêmica do árbitro, no entanto, ocorreu já aos 47 minutos do segundo tempo, ao não marcar pênalti para o América. Depois de bola alçada na área do Atlético, o zagueiro americano Eduardo Bauermann, saltou para cabecear e foi tocado. No entendimento da Comissão de Arbitragem da FMF, quem fez a carga sobre o defensor do Coelho foi o colega Alê e não Igor Rabello, do Galo.
Dazn
“O jogador do América (Eduardo Bauermann) sobe para cabecear a bola, já está no seu plano de voo e é tocado pelo jogador número 11 da própria equipe do América. Não há qualquer tipo de falta do jogador do Atlético no jogador do América. Enquanto isso, a imagem estava sendo checada pela cabine do VAR, que chegou à conclusão de campo, de que realmente não houve falta”, argumentou Juliano Lopes Lobato.