Assédio por Lisca: 'Não vou ter tranquilidade até o fim do ano', diz Salum
Coordenador de futebol do América teme perder treinador gaúcho
Por Redação
15/05/2021 06:00
- Atualizado em: 14/05/2021 21:31
O técnico Lisca ganhou ainda mais projeção no cenário nacional. Agora, reconhecido pelo bom trabalho à frente do América, o estereótipo de ‘doido’ está em segundo plano. No entanto, na visão de Marcus Salum, coordenador de futebol do Coelho, esse ‘assédio’ do mercado pelo treinador representa um risco ao clube mineiro. ‘Não vou ter tranquilidade até o fim do ano’, avaliou o dirigente.
Em entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, na última quinta-feira (13), Salum destacou que a renovação de contrato de Lisca com o América colocou o treinador num ‘patamar acima’ dos outros ‘técnicos médios’ do Brasil.
“O mercado é assim. Eu não vou ter tranquilidade com ele até o fim do ano. Não existe isso no futebol. Agora, existe uma relação e uma seriedade do profissional. Quando eu renovei com o Lisca, renovei num patamar acima dos técnicos médios do Brasil. Ele ganha bem no América, com uma condição especial, porque ele merece. Não é porque eu estou fazendo favor”, afirmou.
Contratações do América para a temporada 2021
Salum ressaltou a gratidão de Lisca ao América, e disse acreditar que o treinador reconhece a ‘perda’ que teria saindo do clube. Ele mencionou os contatos mais recentes de outros clubes do Brasil pelo técnico.
“Acho que o Lisca nunca teve o sucesso e a projeção que ele teve aqui no América, e ele sabe disso. E é grato a isso. E nós defendemos a imagem dele aqui o tempo todo. A hora que um top-top quiser o Lisca, eu não vou ter. Porque muito time maior do que o meu já tentou, e ele não quis sair. O que ele tem aqui é muito. E ele sabe que a perda só vai compensar se for um negócio muito maior. O último foi o Santos, com proposta e tudo. Cruzeiro tentou, Grêmio sondou”, revelou.
Por fim, o coordenador de futebol do América frisou o respaldo de Lisca com a diretoria do clube. Na visão do dirigente, é necessário que haja ‘sintonia’ entre as partes para enfrentar momentos de dificuldade.
“Ele valorizou os nossos atletas, valorizou o América. Nós ganhamos muito com isso, e ele mereceu o aumento e o contrato que ele tem. Ele tem uma condição de trabalho que pouco clube tem, porque está comigo o tempo todo e com o Euler (Araújo). Ele tem respaldo. Nas dificuldades, se você não tiver sintonia com o treinador, é difícil”, completou.