O apresentador Neto comentou sobre o caso Daniel Alves nesta segunda-feira (6/2), durante o programa Donos da Bola. O lateral está preso em Barcelona após ser acusado de violência sexual. O ex-jogador disse que a mídia falou mais sobre a presença de Dani Alves na Copa do Mundo do que sobre o acusação de estupro. 

"Aqui nesse país se falou mais de você quando você foi para a Copa. Os puxa-sacos vão ficar todos quietos. O futebol está incluído na sociedade, temos que falar. Aqui nesse país vocês não pensaram na menina. Estuprador na Itália, na China, na Espanha, é estuprador aqui também", afirmou Neto.

O apresentador também opinou sobre a postura da jovem que acusou o jogador. A mulher de 23 anos disse que não quer receber indenização de Daniel Alves.

"Que dó da mãe da menina, do pai, da avó. Ela tem 23 anos e não quer um centavo. Eu penso diferente. Tinha que tomar tudo desse cara. Vocês que fizeram matéria com ele, não são cúmplices, mas não tem a visão que eu tenho. Do ser humano, da mulher, da mãe. Aqui nesse país, em 2021, tiveram 56 mil estupros. Sabe quem estupra? Quem está perto da criança", falou o ex-jogador.

Por fim, Neto também rebateu as críticas sobre o 'silêncio' do assunto dentro do futebol. Para ele, é preciso falar sobre o acontecido para evitar que se repita.

"Ai Neto, você tinha que falar do Corinthians, do Palmeiras. Quem assiste futebol não são as pessoas e as famílias? Eu tenho que mostrar para você que é pai que, quando seu filho for fazer teste num time de futebol, cuidado para ele não ser molestado. Ou para usar o sexo para que ele possa passar no teste. As meninas também", finalizou o apresentador.

Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro. A defesa do jogador apresentou recurso para liberdade provisória. O objetivo dos advogados é que o lateral aguarde o julgamento fora da prisão, em sua casa em Barcelona.

No entanto, não há data para o julgamento. Se condenado por agressão sexual com violação, ou estupro, Daniel Alves pode pegar até 12 anos de prisão. A pena aumenta caso haja outros crimes.

Na última sexta-feira (3/2), oito testemunhas deram depoimento à polícia. Todas reforçaram pontos da versão apresentada pela mulher.