Mano Menezes em duelo entre Cruzeiro e Botafogo, em 2019, pela Série A do Brasileiro (Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)



Ex-técnico do Cruzeiro, Mano Menezes criticou o modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) adotado pelo clube. Em entrevista para a TNT Sports nesta quarta-feira (8), o atual treinador do Internacional afirmou que o processo de clube-empresa da Raposa é "uma grande vigarice".



 
 
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"Eu achei esse negócio da SAF, uma parte desta questão da SAF, uma grande vigarice. Porque se existe uma coisa sagrada no Brasil são os direitos trabalhistas. Então, na medida em que você permita que se faça uma SAF e pode direcionar e parcelar dívidas de contratação, dívida disso ou daquilo, as dívidas trabalhistas você tem que cumprir, porque no país isso sempre foi sagrado", disse o comandante.

Mano Menezes ainda falou sobre ter entrado na Justiça contra o Cruzeiro. De acordo com o técnico, havia sido feito um acordo junto ao clube para quitar as despesas. No entanto, o combinado não foi cumprido por parte da instituição. Desta forma, o restou recorrer à jurisdição.

"Eu estou com uma dívida trabalhista dos salários que o Cruzeiro não me pagou. Não entrei na justiça pedindo isso, hora extra, nada, zero. É do dinheiro que o Cruzeiro disse que me devia, e que foi lá, colocou no acordo e não me pagou. Então, me obrigou a entrar na Justiça para receber", afirmou Mano Menezes.




Com passagens pelo Cruzeiro em 2015 e de 2016 a 2019, o treinador conquistou duas Copas do Brasil (2017 e 2018) e dois Campeonatos Mineiros (2018 e 2019) pelo clube.

Em contrapartida aos momentos de glória, sua saída da Raposa foi conturbada. Mano Menezes deixou o comando celeste em agosto de 2019, com uma vitória em uma sequência de 18 partidas. Posteriormente, o Cruzeiro seria rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro naquela temporada.
 
 
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