Ídolo do Cruzeiro e hoje treinador do Avaí, Alex afirmou em entrevista exclusiva ao Superesportes, nesta terça-feira (11/4), que está ansioso para acompanhar as próximas movimentações entre Eduardo Coudet e o Atlético. Embora o clube mineiro tenha decidido manter o técnico no cargo após as declarações polêmicas da semana passada, a relação continua desgastada. 

Mesmo no comando do time catarinense, Alex se mostrou atento às notícias do futebol mineiro. Ao ser questionado sobre o ambiente de Coudet no Atlético, o ex-meio-campista fez um alerta quanto às consequências que podem existir depois de expor situações internas em um local não apropriado. 

"Pela exposição natural que tem o futebol você corre esse risco. Muitas vezes você fala algo simples e se torna algo enorme. Muitas vezes você fala em um sentido e quem está ouvindo entende em outro. O mais importante é que a pessoa envolvida no caso tenha a tranquilidade e o equilíbrio para se posicionar", iniciou. 

"Eu acompanhei o caso do Coudet e, depois, como a imprensa e o torcedor atleticano tem tratado isso. Sendo sincero, estou curioso para ver como a coisa vai para frente (...). Quando vou para uma entrevista, tenho que estar consciente daquilo que vou falar, porque sei que pode ter uma repercussão pela frente", completou. 

Alex também disse que os profissionais, principalmente os técnicos, devem estar preparados para lidar com as repercussões de suas falas, já que elas nem sempre podem ser interpretadas da mesma forma como foram ditas. 

"Como vai ser essa repercussão? Pode ser positiva, mas às vezes pode ser negativa. O mais importante é que eu tenha o equilíbrio necessário para saber para quem e como estou falando", acrescentou. 

Coudet ficou na berlinda no Atlético após expor suas insatisfações após a derrota por 1 a 0 para o Libertad-PAR, no Mineirão, na semana passada, pela estreia na fase de grupos da Libertadores. O argentino atacou diretamente a direção, em especial os 4 R's (os empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador). 

 

 

O treinador questionou a falta de opções em algumas posições do elenco e jogou a responsabilidade para os investidores que não conseguiram corresponder aos pedidos dele. Coudet ainda colocou seu cargo à disposição. 

A declaração do técnico teve repercussão negativa dentro da cúpula alvinegra, que ficou claramente incomodada com a atitude de Coudet. Depois de uma série de reuniões para definir o futuro de Chacho e um pedido de desculpas oficial, a diretoria atleticana optou por dar continuidade ao trabalho. 

 

 

Em caso de demissão, o Atlético seria obrigado a desembolsar R$ 26 milhões para pagar a multa contratual de Coudet. 

Mesmo após a decisão do Atlético em manter Coudet à beira da área técnica, Alex reafirmou que está curioso para acompanhar o futuro do argentino. O Galo terá pela frente jogos muito importantes para as pretensões do clube na temporada. 

 

"Nessa situação do Coudet e do Atlético, eu estou realmente curioso para ver a sequência, porque o Atlético acabou de ser campeão estadual e tem pela frente cinco jogos da fase de grupos (da Libertadores). Tem um grupo (de jogadores) que o próprio Coudet, junto do Rodrigo (Caetano), montou para o ano. Agora estou curioso para saber o tipo de situação que teremos pela frente", concluiu. 

O Atlético entrará em campo nesta quarta-feira (12/4), às 21h30, para medir forças com o Brasil de Pelotas, no Mineirão, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Depois, terá duelos contra o Vasco, na estreia do Brasileiro, e o Athletico-PR, pela Libertadores. 

 

 

 

Alex se tornou ídolo do Cruzeiro devido à campanha história em 2003. O atleta foi o grande personagem das conquistas do Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão, ou seja, o meia foi o símbolo da Tríplice Coroa. Foram 122 jogos, 64 gols e 61 assistências pela Raposa.