Em entrevista exclusiva ao Superesportes, o meia Wagner relembrou a reação surpreendente do ex-meia Deco após a vitória do Galo sobre o Fluminense, por 3 a 2, no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2012. "Aquilo ali deu um combustível absurdo para a gente, aquela derrota. Deixou a gente bem ligado e fez a gente dar uma arrancada muito boa", revelou.

 

 

Aos 37 anos, Wagner jogou a Série B pelo Vila Nova e já faz planos para a aposentadoria. Participante do quadro "Por onde anda?", do Superesportes, o atleta ex-Cruzeiro e Fluminense relembrou o histórico jogo contra o Atlético pela Série A de 2012.

"Teve um momento no primeiro turno em que a gente estava a nove ou 12 pontos do Atlético. E a gente foi galgando, jogo a jogo. Naquele momento, se o Atlético dispara, não dava para pegar. A gente foi ganhando, e o Atlético empatando... Aí, teve esse jogo do 3 a 2. Achamos o empate, sai a bola e o zagueiro... O Léo Silva, o 'torre' lá... Meu Deus do céu, vai ser bom de cabeça lá longe! Ele vai lá, faz o gol e acaba o jogo", relembrou.

Wagner relembrou a reação de Deco após a partida, no vestiário do Independência, em Belo Horizonte. O ex-meia proferiu um discurso que motivou e embalou o Fluminense rumo ao título do Campeonato Brasileiro.

"O Deco falou uma coisa após a partida que marcou a gente: 'Eles ganharam o jogo, mas nós vamos ganhar o campeonato'. Aí, a gente ficou com aquilo na cabeça. Depois daquela partida, a gente se juntou e falou: 'Perdemos hoje, mas não vai acontecer mais não. Agora é daqui para cima. Vamo com tudo, vamo forte, vamo trabalhar para caramba. A gente vai levantar a taça'", contou Wagner.

Ainda em entrevista ao Superesportes, o meia também relembrou as polêmicas de arbitragem daquela edição do Brasileiro. A torcida do Atlético fez protestos incisivos contra a CBF no jogo contra o próprio Fluminense.

"Para mim, erro de arbitragem é o seguinte: eu respeito para caramba os juízes. Sei que a vida deles é muito difícil. Eles não têm as melhores condições de trabalho, de preparo, de salário. Tem outras profissões. Eu entendo para caramba os caras. Para mim, eles tinham que ser legalizados e ter as melhores condições, porque são os caras que não podem errar", opinou Wagner.

"Vai ter dia que o juiz vai errar uma vez a favor, vai ter dia que vai errar contra. Vai acontecer duas vezes seguidas a favor, duas vezes contra. Então, eu acho que é injusto colocar na conta deles, porque eles vão errar para os dois lados. Não tem como. (...) É covardia nossa querer culpar o juiz de tudo", completou.

No futebol mineiro, Wagner atuou no Cruzeiro entre 2004 e 2009. Durante sua passagem pelo clube celeste, ele foi eleito duas vezes o melhor meia do Brasileirão pelo prêmio Bola de Prata, entregue na época pela revista Placar. Foram 218 jogos e 36 gols durante sua estadia na Toca da Raposa II.