O Superesportes dividiu a segunda parte da história centenária do Cruzeiro em seis tópicos: o período de jejum, a "Era Mineirão", a conquista da América, a segunda fase de vacas magras, o surgimento de Ronaldo Fenômeno e a consolidação como clube copeiro.
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O PERÍODO DE JEJUM
Depois do tri estadual de 1943, 1944 e 1945, o Cruzeiro amargou 11 anos sem levantar um troféu sequer. Parte desse insucesso é atribuído às despesas geradas pela reforma do estádio do Barro Preto. É que além das arquibancadas de cimento, com capacidade para 15 mil torcedores, foram construídas piscinas e quadras de basquete e vôlei. O clube investiu toda a verba de 2 milhões de cruzeiros concedida pela Prefeitura.
Os efeitos da crise financeira começaram a ser sentidos em 1949. Conforme o Almanaque do Cruzeiro, muitos atletas não conseguiam viver exclusivamente dos salários pagos pelo clube: Sinval trabalhava numa camisaria; Geraldo II e Ceci eram pedreiros; Bibi tinha uma fábrica de móveis; Adelino laborava em um indústria de calçados; e Nogueirinha usava a fluência em inglês e italiano como tradutor em uma companhia americana. Somente Bené e Abelardo se sustentavam com a remuneração do futebol.
Em 1952, o Cruzeiro disputou o Campeonato Mineiro com jovens das categorias de base, que foram comandados pelo técnico Colombo. Uma curiosidade é que o goleiro titular, Bernard Claude Billet, nasceu na França. No ataque, havia alguns nomes experientes, como o ponta-esquerda Sabu, o centroavante Abelardo, o meia Guerino Isoni e o lateral-direito Adelino. Entre os jovens, destaque para o volante Pampolini (20 anos), que viria a se tornar ídolo do Botafogo, e o atacante Raimundinho (19), 11º maior artilheiro celeste, com 114 gols.
O jejum cruzeirense foi encerrado em 1956, em uma edição do estadual na qual o time foi declarado campeão ao lado do maior rival, Atlético, depois de disputas judiciais nos tribunais. O motivo da “briga” era a escalação irregular do zagueiro alvinegro Laércio, que não havia apresentado o certificado de dispensa do Exército para poder ser inscrito. O detalhe é que a confirmação do título para ambos os clubes ocorreu somente em março de 1959.
Na prática, portanto, o Cruzeiro ficou quase 13 anos sem erguer um caneco. O ponto positivo foi para a reorganização da saúde financeira com a criação da nova sede social, que cativou o aumento no número de sócios, e a pacificação política. Dois conselheiros que viriam a se tornar icônicos dirigentes voltaram ao quadro de associados: os ex-presidentes Felício Brandi e Carmine Furletti. Aos poucos, o clube retomou o caminho das conquistas. O prenúncio da mudança de patamar veio em 1959, 1960 e 1961 com o tri consecutivo do Campeonato Mineiro.
A ERA MINEIRÃO
Belo Horizonte foi uma das sedes da Copa do Mundo de 1950, que teve o Independência como palco de uma das maiores zebras de todos os tempos: a vitória dos Estados Unidos por 1 a 0 sobre a Inglaterra. Segundo registros daquela época, o estádio recebeu 10 mil espectadores. A população da cidade girava em torno de 352 mil habitantes.
Dez anos mais tarde, em 1960, BH já contava com 693 mil moradores - um aumento de quase 100%. Como o interesse pelo futebol acompanhava o crescimento da capital, o Independência ficou pequeno para comportar as torcidas de Cruzeiro e Atlético, principalmente nos clássicos. Assim, o Mineirão começou a sair do papel em fevereiro de 1960 em uma área “isolada” que pertencia à Universidade Federal de Minas Gerais.
Cinco anos depois do pontapé inicial, o Mineirão foi inaugurado em 5 de setembro de 1965 com a vitória da Seleção Mineira sobre o River Plate, da Argentina, por 1 a 0. Em 15/9, o Cruzeiro fez o primeiro jogo no estádio, um amistoso contra o Villa Nova, e venceu por 3 a 1. O público de 87.901 pagantes proporcionou renda de mais de 92 milhões de cruzeiros - cerca de R$ 2,2 milhões corrigidos pelo Índice Geral de Preços/Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas.
O Mineirão, que comportava cerca de 130 mil espectadores, virou palco de evolução do futebol no estado. No ano seguinte à inauguração, em 1966, o Cruzeiro fez campanha brilhante na Taça Brasil e se tornou campeão nacional ao bater o Santos na decisão. No jogo de ida, em Belo Horizonte, o time de Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Evaldo e companhia deu show para cima de Pelé, Pepe, Dorval e Toninho ao fazer 6 a 2. Na volta, no Pacaembu, protagonizou virada heroica e ganhou por 3 a 2.
Festa do Cruzeiro em BH com a conquista da Taça Brasil de 1966
“A conquista da Taça Brasil foi um achado. Ganhamos por 6 a 2 aqui no Mineirão e por 3 a 2 lá no Pacaembu, em São Paulo. Só um time com aqueles jogadores poderia ganhar do Santos, de Pelé, o maior time do mundo na época. Fui muito feliz em ter feito parte daquela equipe e que até hoje é lembrada”, recordou Procópio Cardoso, em matéria publicada pelo Superesportes no último dia 30 de dezembro.
Aos 81 anos, o ex-zagueiro é muito ativo no Twitter. Conta histórias, interage com seguidores e sempre faz questão de frisar que ensinou o colega de posição William a jogar bola para se casar com sua irmã, Mariam, com quem vive até hoje.
Na “Era Mineirão”, o Cruzeiro deixou de ser um time de nível estadual. Em 1969, terminou o Campeonato Brasileiro como vice-campeão. Em 1974 e 1975, voltou a ficar em segundo lugar. Jogadores do clube passaram a ser lembrados com frequência para a Seleção Brasileira, casos do volante Piazza e do meia-atacante Tostão, titulares na equipe tricampeã mundial em 1970.
Cruzeiro goleia Santos por 6 a 2 no jogo de ida da final, em 1966
A CONQUISTA DA AMÉRICA
Embora tenha batido na trave nos Brasileiros da década de 1970, o Cruzeiro ganhou o direito de representar o Brasil na Copa Libertadores. Em 1975, foi o primeiro colocado do Grupo 3, desbancando Deportivo Cali, Atlético Nacional e Vasco. No triangular da segunda fase, começou bem ao vencer os argentinos Rosario Central e Independiente, por 2 a 0. Porém, ao jogar na Argentina, perdeu por 3 a 1 e 3 a 0 e acabou eliminado no saldo de gols. O clube de Avellaneda faturou a sexta de suas sete taças ao ganhar do Unión Española, do Chile, na final.
Em 1976, o Cruzeiro se classificou novamente à Libertadores. Na estreia, fez 5 a 4 sobre o Internacional em um dos confrontos mais memoráveis do estádio. Com campanha quase perfeita em uma chave que contava também com os paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueño, o time liderou o Grupo 2 com cinco vitórias e um empate.
Na segunda fase, a Raposa obteve 100% de aproveitamento contra LDU, do Equador, e Alianza Lima, do Peru. A trajetória ficou marcada pela morte do atacante Roberto Batata, aos 26 anos, em acidente de carro na BR-381, quando se dirigia a Três Corações para buscar a mulher Denise e o filho de 11 meses, Leonardo.
Batata havia feito o 111º gol dele em 290 jogos pelo Cruzeiro na vitória por 4 a 0 sobre o Alianza Lima, no Peru, em 12 de maio. No dia seguinte, ao desembarcar em Belo Horizonte, decidiu conduzir seu Chevette rumo ao Sul de Minas. No quilômetro 182, próximo a Perdões, perdeu o controle da direção, chocou-se com dois caminhões e morreu após ser arremessado para fora do veículo.
Fotos de Roberto Batata jogando pelo Cruzeiro
Em meio ao luto pela perda de um amigo, os atletas cruzeirenses continuaram de cabeça erguida na competição. No reencontro com o Alianza, em 20 de maio, o placar de 7 a 1 coroou um desempenho perfeito e simbolizou a homenagem a Roberto, que costumava usar a camisa 7 (na Libertadores, o número era de Jairzinho).
Na final, o Cruzeiro enfrentou o River Plate, da Argentina. No jogo de ida, no Mineirão, ganhou por 4 a 1, com um gol de Nelinho, dois de Palhinha e um de Valdo. Na volta, perdeu por 2 a 1, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Como o regulamento não previa critério de desempate por saldo de gols, o terceiro embate foi agendado para 30 de julho, no Estádio Nacional, em Santiago, no Chile. Nelinho, de pênalti, fez 1 a 0 para o Cruzeiro aos 24min do primeiro tempo. Eduardo, aos 10min da etapa final, ampliou para 2 a 0 em um belo chute no ângulo. O River reagiu rapidamente: Oscar Más, também em penalidade, e Urquiza, em chute cruzado, deixaram tudo igual: 2 a 2.
Aos 41min do segundo tempo, Ronaldo Drummond sofreu falta rente à meia-lua quando tentou fintar o volante Reinaldo Merlo. Assim foi a narração transcrita do locutor Vilibaldo Alves, da Rádio Itatiaia.
“Quarenta e dois minutos, restam três minutos. É marcar esse gol, e o Cruzeiro meter a mão no caneco, torcedor do Brasil. Toma posição Nelinho. Agora sim, a barreira atrasa o juiz a autorizar. Nelinho vai tentar o pé de chumbo. Ajeitou a bola no terreiro. O juiz autorizou, mas a equipe do River catimba. Nelinho está descansando neste momento, porque agacha e mete a bola no lugar exato. O juiz vai lá e mete a bola mais para trás. O jogador argentino reclama e fica na frente da bola. É a boa, é Nelinho quem tem que bater, tem que se afastar, tomar posição e meter o gringo com bola e tudo para dentro do gol (breve pausa, após o chute de Joãozinho). Aaaaaaadivinhe, Joãozinho, pelo amor de Deus, Joãozinho, Joãozinho, Joãozinho… (...)... com a mão de Roberto Batata lá no céu, abrace-o aqui na Terra, Joãozinho. Neste momento eu me lembro de Roberto Batata. Ele, que tanto lutou nessa Libertadores pelo Cruzeiro… mais um gol que o Brasil está comemorando. Vamos agora esperar, torcedor do Brasil, que o Cruzeiro vá e coloque a faixa sobre o túmulo do jogador Roberto Batata. Cruzeiro três, River dois. O River quer brigar, mas o Cruzeiro ganha no futebol!”.
Festa do Cruzeiro em BH com o título da Libertadores de 1976
Quarenta e quatro anos depois, ainda é possível se surpreender com a travessura de Joãozinho, que, como quem não quisesse nada, posicionou-se ao lado de Nelinho, conhecido por ser um dos maiores batedores de falta do futebol. Quando o lateral-direito deu as costas para a bola, o ponta-esquerda, que tinha apenas 22 anos e vestia a camisa número 10, acertou o ângulo com uma bela finalização.
“Todos esperavam que Nelinho fosse cobrar, o goleiro adversário olhava fixamente para ele. Mas lembrei que no gol de empate deles, os argentinos cobraram rápido, não esperaram o apito. Então, quando o goleiro (Landaburu) olhou pela última vez, fui lá e mandei no ângulo”, relembra Joãozinho.
Joãozinho e os demais campeões de 1976 são unânimes na versão de que Zezé Moreira, à época um senhor de quase 70 anos, não gostou nada dessa ousadia. O técnico esteve a ponto de proibir o retorno do atacante com a delegação a Belo Horizonte, mas foi convencido a mudar de ideia pelos jogadores e pelo presidente Felício Brandi.
No Mundial de Clubes, que ainda era disputado em jogos de ida e volta nos estádios dos clubes participantes, o Cruzeiro perdeu para o Bayern de Munique: derrota por 2 a 0, na Alemanha, e empate por 0 a 0, em Belo Horizonte.
Grandes times do Cruzeiro na história
AS VACAS MAGRAS
Os anos de 1980 foram de poucas conquistas para o Cruzeiro. Basicamente, o time foi campeão mineiro em 1984 e 1987, além de ganhar a pouco expressiva Taça Minas Gerais - correspondente ao segundo turno do estadual - em 1982, 1983, 1984 e 1985.
Mesmo no período de vacas magras, alguns jogadores foram respeitados pela torcida, como o meia Tostão II, autor de 97 gols em 213 jogos; o zagueiro Geraldão, exímio cobrador de faltas e maior artilheiro da posição de todos os tempos no clube (30 gols); o lateral-direito Balu, Bola de Prata no Brasileirão de 1989; e o atacante Hamilton, que anotou 73 gols em 212 partidas.
Além disso, o Cruzeiro esteve perto do título nas edições de 1987, quando foi eliminado pelo Internacional na semifinal do Módulo Verde, e em 1989, dono da terceira melhor pontuação geral - abaixo do campeão, Vasco, e do vice, São Paulo.
O FENÔMENO
Imagens de Ronaldo, o Fenômeno, no Cruzeiro
Da mesma forma em que buscou Tostão com apenas 16 anos no América, o Cruzeiro acreditou no talento de Ronaldo. O responsável por indicá-lo ao clube foi o ex-ponta-direita Jairzinho, campeão da Libertadores em 1976 e responsável pelas categorias de base do São Cristóvão, onde o Fenômeno treinava no início da década de 1990.
Em fevereiro de 1993, o Cruzeiro comprou o passe de Ronaldo por 25 mil dólares e o registrou como atleta amador na Federação Mineira de Futebol. Em julho, fechou o primeiro contrato profissional após o atacante se destacar no Campeonato Sul-Americano Sub-17, com oito gols.
Em pouco mais de um ano no grupo principal da Raposa, Ronaldo foi artilheiro da Supercopa de 1993, com oito gols, e do Campeonato Mineiro de 1994, com 22. Ele ainda encerrou o Brasileirão de 1993 com 12 tentos em 14 partidas. No geral, alcançou média de 0,96 ao balançar a rede 56 vezes em 58 jogos.
Reserva do Brasil na Copa do Mundo de 1994, Ronaldo foi vendido pelo Cruzeiro ao PSV Eindhoven, da Holanda, por US$ 6 milhões. Na Europa, o craque defendeu Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Milan, sendo três vezes eleito o melhor jogador do mundo, além de contabilizar mais de 300 gols por esses clubes.
Jogadores do Cruzeiro em Copas do Mundo
O CLUBE COPEIRO
Foi na década de 1990 que o Cruzeiro se consolidou como colecionador de copas. Em 1991, veio a primeira Supercopa Libertadores, com vitória sobre o River Plate por 3 a 0, no Mineirão, depois de um revés no primeiro encontro por 2 a 0, na Argentina. Em 1992, o segundo título foi alcançado em cima do também argentino Racing: goleada por 4 a 0, em BH, e revés por 1 a 0, em Avellaneda.
Festa do Cruzeiro com o bi da Supercopa de 1992
Em 1993, sob o comando do técnico Pinheiro, a Raposa faturou a primeira das seis Copas do Brasil superando o Grêmio na decisão: empate por 0 a 0, no Olímpico, em Porto Alegre, e vitória por 2 a 1 no Mineirão. Três anos depois, com Levir Culpi à frente do elenco, garantiu o bi do diante de um Palmeiras recheado de estrelas como Djalminha, Rivaldo e Luizão.
“De todas as Copas do Brasil, essa teve um sabor especial e uma emoção muito grande, pois o Brasil inteiro dava o título ao Palmeiras, que realmente tinha uma grande seleção. Mas nós, surpreendentemente, com muita dedicação, garra e técnica, conquistamos o título lá dentro. Ali caí de vez nas graças dos torcedores cruzeirenses”, declarou ao Superesportes o ex-atacante Marcelo Ramos, artilheiro do time na conquista, com sete gols.
Aos 22 anos à época, Marcelo balançou a rede no empate do Cruzeiro no Mineirão, por 1 a 1, com um cabeceio forte no canto direito de Velloso. Na volta, aproveitou-se de falha do camisa 1 palmeirense em lançamento de Roberto Gaúcho e anotou o tento da virada por 2 a 1, no estádio Palestra Itália, em São Paulo.
Festa do Cruzeiro em SP e BH com o título da Copa do Brasil de 1996
Com o título da Copa do Brasil, o Cruzeiro participou da Copa Libertadores de 1997. O início foi bastante complicado, com derrotas para Grêmio (2 a 1), no Mineirão, e os peruanos Alianza Lima e Sporting Cristal, fora de casa, por 1 a 0. Houve mudança no comando: Oscar saiu para a entrada de Paulo Autuori. De astral renovado, o time se recuperou no returno da chave e bateu Grêmio (1 a 0), Alianza (2 a 0) e Sporting (2 a 1).
Nas oitavas de final, o Cruzeiro ganhou nos pênaltis por 5 a 3 do El Nacional (derrota fora, por 1 a 0, e vitória em casa, por 2 a 1). Nas quartas, eliminou o Grêmio com 3 a 2 no placar agregado (2 a 0, em BH, e 1 a 2, em Porto Alegre). Nas semifinais, voltou a depender das penalidades máximas contra o Colo Colo: 4 a 1 (vitória em BH, por 1 a 0, e revés no Chile, por 3 a 2).
Na decisão, o Cruzeiro segurou empate por 0 a 0 com o Sporting Cristal em Lima, no Peru, e venceu na volta por 1 a 0, em Belo Horizonte. O meia-atacante Elivélton marcou o gol do título aos 30 minutos do segundo tempo com um chute rasteiro da entrada da área. O goleiro Balerio falhou no lance.
Fotos da campanha do Cruzeiro na Libertadores de 1997
A vitória na Libertadores credenciou o Cruzeiro a participar de mais duas competições internacionais. No Mundial de Clubes, em dezembro de 1997, perdeu por 2 a 0 para o Borussia Dortmund, da Alemanha. Já na Recopa Sul-Americana de 1998 (disputada entre agosto e setembro de 1999), passou fácil pelo River Plate com vitórias por 2 a 0 e 3 a 0.
Em 2000, o Cruzeiro fechou parceria com o fundo americano Hicks Muse e pôde investir em contratações de jogadores renomados, como o lateral-esquerdo argentino Sorín, os laterais-direitos Rodrigo e Zé Maria, o zagueiro Clebão, os meias Jackson e Viveros e o atacante Oséas. Esses reforços se juntaram a Ricardinho, Marcos Paulo, Fábio Júnior, Müller, Geovanni, Cris e André e se sagraram campeões invictos da Copa do Brasil. O técnico era Marco Aurélio.
Com oito vitórias e cinco empates ao longo do torneio, o Cruzeiro colocou as duas mãos no troféu ao superar o São Paulo por 2 a 1, na noite de 13 de julho (domingo), com mais de 85 mil torcedores no Mineirão. O lance que não sai da cabeça dos torcedores é o gol de Geovanni, aos 43 minutos do segundo tempo, em cobrança de falta da meia-lua. O camisa 11 sofreu a infração após ganhar na corrida do zagueiro Rogério Pinheiro, que não alcançou o passe mal executado pelo volante Axel. Aconselhado por Müller, ele arrematou por baixo da barreira tricolor, que se desequilibrou com a trombada de Donizete Oliveira.
LEIA A TERCEIRA REPORTAGEM DA SÉRIE: TRÍPLICE COROA, TÍTULOS NACIONAIS E REBAIXAMENTO À SÉRIE B
Em 2001 e 2002, as duas Copas Sul-Minas aumentaram a galeria de troféus do Cruzeiro. O segundo título ficou marcado pela despedida do lateral-esquerdo Sorín, vendido à Lazio, da Itália. Ele marcou o gol da vitória sobre o Athletico-PR, por 1 a 0, no duelo de volta da final, e não segurou as lágrimas ao declarar amor ao clube. O Mineirão recebeu mais de 70 mil torcedores naquela ocasião.
Imagens do tri da Copa do Brasil, em 2000
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