Cris: xerife da zaga marcou nome no Cruzeiro com raça e liderança em campo
Zagueiro conquistou nove títulos em passagem de 1999 a 2004 pela Toca
Por José Cândido Junior
30/12/2020 06:00
- Atualizado em: 30/12/2020 03:11
Cris comemora o título brasileiro de 2003, no Mineirão (Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
De 1999 a 2004, o Cruzeiro contou com a proteção do 'xerife' Cris. A raça, a liderança e a segurança em campo tornaram o zagueiro parte importante da história centenária do clube celeste. Soberano no jogo aéreo, o defensor marcou 25 gols em 260 partidas pela Raposa. Foram nove títulos conquistados: Recopa Sul-Americana (1998, mas disputada em 1999), Copa dos Campeões Mineiros (1999), Copa Centro-Oeste (1999), Copa do Brasil (2000), Copa Sul-Minas (2001 e 2002), Campeonato Brasileiro (2003) e Campeonato Mineiro (2004).
Fotos de Cris como zagueiro do Cruzeiro
Cris divide a taça da Copa do Brasil de 2000 com Sorín e Cléber
Foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Cris comemora o título brasileiro de 2003, no Mineirão
Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
Cris comemora o título brasileiro de 2003, no Mineirão
Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
Cris consola Alex, que perdeu pênalti em eliminação do Cruzeiro na Libertadores de 2004, para o Deportivo Cali, da Colômbia, nas oitavas de final
Foto: Auremar de Castro/EM/D.A press
Cris em ação pelo Cruzeiro em 2004
Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
Cris comemora com Edu Dracena após balançar a rede contra o Santos, na Vila Belmiro, pelo Brasileiro de 2004
Foto: Rogerio Soares/A Tribuna de Santos
Título mineiro do Cruzeiro de 2004 ficou marcado por briga entre Cris e Eduardo, do Atlético
Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press
Título mineiro do Cruzeiro de 2004 ficou marcado por briga entre Cris e Eduardo, do Atlético
Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press
Título mineiro do Cruzeiro de 2004 ficou marcado por briga entre Cris e Eduardo, do Atlético
Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press
Após briga no clássico, Cris e Eduardo fazem as pazes em audiência
Foto: Arquivo EM/D.A Press
Natural de Guarulhos, em São Paulo, Cris foi revelado ao futebol pelo Corinthians. Ele atuou no elenco profissional alvinegro de 1995 a 1999, ano em que foi envolvido em negociação com o Cruzeiro. Na transação, o Timão pagou US$ 4 milhões ao clube mineiro pela contratação do zagueiro João Carlos e cedeu Cris, então com 22 anos, no acordo.
Apesar de ser considerado violento por muitos, Cris caiu nas graças da torcida cruzeirense, aliando virilidade na defesa com cabeceios certeiros no ataque. Desde a chegada à Toca da Raposa, o paulista se manteve como titular. Os principais parceiros de zaga foram os experientes Marcelo Djian e Cléber, nas duas primeiras temporadas de clube, além de Luisão e Edu Dracena.
Nos cinco primeiros meses de 2003, ano da Tríplice Coroa, Cris esteve emprestado pelo Cruzeiro ao Bayer Leverkusen, da Alemanha. No retorno a Belo Horizonte, formou forte parceria com Dracena na defesa celeste, que contava com Marcelo Batatais e Thiago Gosling como opções no elenco de Vanderlei Luxemburgo - Luisãohavia sido vendido ao Benfica.
Um dos episódios marcantes da passagem de Cris pelo Cruzeiro foi a briga com o goleiro Eduardo, do Atlético, em comemoração do título estadual do Cruzeiro de 2004, no Mineirão. O cruzeirense acabou suspenso por 270 dias, mas deixou a Toca da Raposa poucos meses depois, vendido ao Lyon, por cerca de 4 milhões de euros. Na França, o defensor também teve grande sucesso e permaneceu por oito temporadas, conquistando quatro títulos nacionais.
Na Europa, Cris ainda atuou pelo Galatasaray, da Turquia, em 2012. No ano seguinte, negociou retorno ao Cruzeiro, mas acertou transferência para o Grêmio. Ele encerrou a carreira no Vasco, em 2013. Pela Seleção Brasileira, o zagueiro disputou 22 jogos, ganhou a Copa América de 2005 e esteve entre os convocados para a Copa do Mundo de 2006, assim como o ex-companheiro de Cruzeiro, Luisão.