Todo mundo sabe que o Atlético-MG gasta mais com seu departamento de futebol do que Cruzeiro e América-MG. Mas os balanços financeiros de 2022, divulgados nos últimos dias pelos três rivais, apresentaram uma discrepância pesada.
Os custos com o futebol de Cruzeiro e América-MG, somados, não alcançaram R$ 15 milhões mensais - a Raposa bancava R$ 7 milhões, contra R$ 7,8 milhões do Coelho. Já o Galo desembolsava R$ 33,2 milhões a cada 30 dias.
Ou seja, dois meses das folhas de América-MG e Cruzeiro, somadas, ainda saíam mais baratas do que o investimento atleticano em um único mês.
Detalhe curioso: a diferença impressiona mesmo com o Atlético-MG tendo registrado uma redução de 9% com custos do futebol de 2021 para 2022. O Cruzeiro, em seu terceiro ano de Série B, também cortou gastos (em 24%), enquanto o América-MG aumentou em 56%.
Mas quem está certo e errado diante de tais cifras? Uma regra de boa gestão indica que um clube não deve gastar mais do que 70% de sua arrecadação total com o futebol. O Cruzeiro destinou 227% para cobrir os custos do futebol, contra 104% do Atlético-MG e apenas 71% do América-MG.