O pedido de demissão de Paulo Pezzolano pegou todo mundo de surpresa. Ou quase todo mundo. De fato, a diretoria do Cruzeiro já sabia desde o fim do ano passado sobre a intenção do uruguaio de deixar a Toca da Raposa antes da janela de verão na Europa.
"O Pezzolano queria estar livre no meio do ano para tentar algum time europeu. O sonho da vida dele é treinar em um clube de lá", assegura uma pessoa influente na administração de Ronaldo Fenômeno dentro do Cruzeiro.
"Ele garantiu pra gente que não vai para o Flamengo nem por R$ 3 milhões de salário por mês, mas toparia fechar com o Mallorca, mesmo em caso de rebaixamento pra segunda divisão espanhola", revela.
"Ele garantiu pra gente que não vai para o Flamengo nem por R$ 3 milhões de salário por mês, mas toparia fechar com o Mallorca, mesmo em caso de rebaixamento pra segunda divisão espanhola", revela.
A citação ao Mallorca não é por acaso. Ele e sua esposa já moraram lá, quando Pezzolano era atleta, de 2009 a 2010, e o casal guarda as melhores recordações.
"Não dá pra descartar nem a chance de o Pezzolano ir para o Valladolid. Era um plano nosso, mas o Pacheta (atual treinador) tem tudo para continuar se mantiver a equipe na elite", completa a fonte, citando o clube de Ronaldo na Espanha.
Decepção com reforços
Importante: a vontade de trabalhar na Europa não é a única verdade para explicar o adeus de Pezzolano.
O uruguaio se desapontou com o nível dos reforços do Cruzeiro nesta temporada. Para mantê-lo na Toca da Raposa, após o título da Série B, Ronaldo e cia haviam prometido que elevariam consideravelmente a qualidade do elenco para 2023.
O uruguaio se desapontou com o nível dos reforços do Cruzeiro nesta temporada. Para mantê-lo na Toca da Raposa, após o título da Série B, Ronaldo e cia haviam prometido que elevariam consideravelmente a qualidade do elenco para 2023.
Para completar, Pezzolano também colecionou alguns ruídos no dia a dia com poucos atletas cruzeirenses.
A intensidade exigida por ele nos jogos implica em muita cobrança nos treinos. Mas nada que o fizesse perder o vestiário ou algo perto disso.
A intensidade exigida por ele nos jogos implica em muita cobrança nos treinos. Mas nada que o fizesse perder o vestiário ou algo perto disso.