Jorge Nicola: 'Se eu fosse atleticano, torceria pela classificação da Católica' (Foto: Divulgação)

O torcedor do Atlético que foi dormir na quarta-feira preocupado com o desempenho do time depois do empate em 0 a 0 com o Carabobo certamente pôde respirar mais aliviado 24 horas depois, com outro 0 a 0: de Universidad Católica, do Equador, e Millonarios, da Colômbia.




Tive a oportunidade de ser o comentarista na transmissão para o Brasil deste jogo que apontará o adversário do Galo no último mata-mata antes da fase de grupos, levando em consideração que o time de Eduardo Coudet faça sua obrigação e vença o Carabobo em BH na semana que vem.

Confesso que, depois de passar dias estudando informações e atletas de Católica e Millonarios, me decepcionei com o que vi. A partida disputada em Quito, no Equador, terminou com uma - sim, apenas uma - finalização no gol. Foram, no total, 18 chutes, sendo 11 da Católica contra sete do Millonarios. E o único na direção do gol terminou em defesa do goleiro colombiano Monteiro.

Importante: os dois times se defendem mal. Várias das oportunidades criadas tiveram a ver com erros de posicionamento e falta de equilíbrio entre ataque e defesa. 




Se eu fosse atleticano, torceria pela classificação da Católica. O time equatoriano é menos técnico do que o rival. Mas o principal vem agora: o Trenzinho Azul, como também é conhecida a Católica, tem pouquíssima tradição - só cinco participações em Libertadores - e uma torcida minúscula. Tanto que, no jogo desta quinta, teve menos torcida do que o Millonarios, apesar da distância superior a 1.100 quilômetros entre Quito e Bogotá.

Ter de enfrentar o Millonarios no estádio El Campín é sinônimo de pressão muito maior do que no Casablanca, arena da LDU, que foi emprestada à Católica. 

Curiosidade: a Católica não pôde jogar em casa por se recusar a investir cerca de US$ 35 mil na melhoria do sistema de iluminação.