Fora da Série A do Campeonato Brasileiro desde 2013, a Portuguesa voltou à primeira divisão do futebol paulista nesta temporada. Foi o suficiente para que o time do Canindé tivesse direito a uma cota de TV durante o estadual superior às de Atlético e Cruzeiro.
E olha que a folha salarial da Lusa gira na casa de R$ 1 milhão por mês, contra custos mensais de quase R$ 20 milhões do Galo e de R$ 5 milhões da Raposa - os valores incluem salários, direitos de imagem, luvas e impostos.
Mas por que a Portuguesa ganha mais do que os gigantes mineiros? Por causa do enfraquecimento do Campeonato Mineiro na comparação com o Paulista. "Não posso abrir os números, porém garanto que nossa cota é um pouco menor do que a dos clubes pequenos no Paulistão", resume uma fonte cruzeirense. "A verdade é que disputar o Campeonato Mineiro não dá dinheiro nenhum", acrescenta outra, atleticana.
Em São Paulo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos dividem igualmente R$ 120 milhões apenas pelos direitos de transmissão. Ainda há o prêmio de R$ 5 milhões ao campeão. Já no Mineiro, não há qualquer quantia em dinheiro ao vencedor e Atlético ou Cruzeiro precisariam de alguns bons anos para se igualarem aos R$ 30 milhões dos rivais paulistas.
Até o Campeonato Carioca se distanciou do Mineiro depois que a TV Bandeirantes fechou contrato de três temporadas. O Flamengo, por exemplo, terá direito a R$ 21 milhões pelo contrato de 2023, contra R$ 14 milhões do Fluminense. Revoltados com o fato de o Flamengo receber mais, Botafogo e Vasco decidiram não assinar o acordo e se deram mal. Acabaram assinando com a LiveMode, que repassou os direitos à Cazé TV, por cifras muito menores que as do Flu.
Ainda assim, Botafogo e Vasco seguem à frente de Atlético e Cruzeiro.