Jorge Nicola, colunista do Superesportes, fala sobre a onda de SAFs no futebol brasileiro (Foto: Jorge Nicola/Superesportes)

Engana-se quem pensa que o movimento das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) está apenas engatinhando por aqui. Tanto que o Campeonato Brasileiro de 2023 pode ter nove dos 20 participantes ligados às SAFs, ou seja, quase metade.


Três já são certezas: Cruzeiro, Red Bull Bragantino e Botafogo – os dois últimos, inclusive, são os únicos representantes das SAFs na Série A de 2022. Nesta sexta-feira (28), outros dois também podem se garantir: Vasco e Bahia, cujos acessos dependem dos jogos da noite na Série B.
Outros quatro estão em meio a negociações com fundos de investimento: Coritiba, América, Atlético e Athletico. A coluna apurou que o mais próximo de um acordo é o Coritiba, que conta desde março com a ajuda da XP Investimentos para encontrar um parceiro. "As tratativas estão bem próximas do fim. Estamos nas questões burocráticas", informa um dos envolvidos.
América e Atlético conversam com fundos norte-americanos: o Coelho com o empresário Robert Platek e o Galo com o grupo The Football. A dupla mineira, ao contrário dos concorrentes, pretende manter um percentual considerável de ações, além de preservar patrimônio. No caso do Atlético, Arena MRV, Cidade do Galo e as sedes não devem fazer parte do acordo.


O provável nono integrante do time das SAFs é o Athletico, que promete a maior operação financeira do Brasil. Presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia tem sido extremamente crítico com as cifras fechadas pelos concorrentes e já deu a entender que pretende cobrar cerca de R$ 1,5 bilhão por sua SAF – tal valor equivale às somas das operações de Cruzeiro, Botafogo e Vasco.
Embora em estágio inicial, o Fluminense também cogita aderir à sociedade anônima e incumbiu empresas a buscarem interessados no mercado.
Neste momento, somente sete clubes no Brasil são radicalmente contrários à SAF: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Grêmio e Internacional.