Detalhes separam o América de fechar um acordo de intenções para a venda de sua SAF ao empresário Robert Platek. E a ideia na parceria com o norte-americano, dono de Spezia-ITA, Casa Pia-POR e Sonderjyske-DIN, é mudar o Coelho de tamanho no futebol brasileiro.

"A gente quer zerar a dívida e aumentar o investimento no futebol em pelo menos uma vez e meia", explica Marcus Salum, responsável pela condução das negociações com Platek.

Trazendo para números, Salum exige a quitação de aproximadamente R$ 70 milhões em passivos, além de folha salarial de pelo menos R$ 10 milhões mensais.

Hoje, apesar da excelente campanha no Campeonato Brasileiro, o Coelho é dono de um dos elencos mais baratos, com gastos mensais de R$ 4,1 milhões.

Vale lembrar que Athletico, finalista da Copa Libertadores, e Fluminense, semifinalista da Copa do Brasil, têm folhas salariais na casa dos R$ 7 milhões.

Investimento maior que o Cruzeiro

Mas a melhor parte para o torcedor americano vem agora: se confirmada a venda da SAF para Platek, o Coelho deverá ter, pelo menos nos próximos quatro anos, investimento maior no time de futebol do que o Cruzeiro.

Em 2023, por exemplo, Ronaldo e companhia pretendem subir os custos da Raposa com elenco de R$ 3 milhões para R$ 6 milhões. E assim será sucessivamente. 

Já o América, com dívidas praticamente irrisórias, pode se dar ao luxo de gastar quase todo o dinheiro de seu investidor em futebol. 

Mas os números já divulgados sobre a SAF americana foram refutados por Salum. "Essa história de R$ 320 milhões por 70% está totalmente errada."



O percentual repassado ao empresário norte-americano será menor, enquanto o investimento é de difícil previsão, levando em consideração uma série de varáveis.

Para fechar, é legal contar que Platek pretende manter os atuais executivos à frente do Coelho, com Salum permanecendo com o papel de protagonista no Novo América.