Jorge Nicola, colunista do Superesportes, fala sobre proposta de pagamento de dívidas apresentada pelo Cruzeiro (Foto: Jorge Nicola/Superesportes)

O plano de recuperação judicial do Cruzeiro caiu como uma bomba no mercado. Nos últimos dias, representantes da Raposa procuraram alguns dos credores – são vários. A proposta feita pelo clube não agradou. Em linhas gerais, aqueles que têm dinheiro a receber alegam que o Cruzeiro quer dar calote de 75% do valor total.




Os credores foram divididos em categorias. Haverá pioridade para as dívidas trabalhistas, de funcionários que entraram com processo contra o clube e têm direito a até 15 salários mínimos.

O valor seria quitado de forma parcelada. Com o salário-mínimo a R$ 1.212, pagamentos de até R$ 180 mil seriam então garantidos pelo Cruzeiro. 
 
Cifras superiores a essa, no entanto, teriam a incidência do abatimento de 75%.

Por exemplo: um atleta que cobra na Justiça R$ 300 mil, teria R$ 180 mil garantidos e o restante do valor (R$ 120 mil) seria parcelado, desde que o credor concorde em receber 1/4 desse saldo. 


Casos que não estão ligados a processos trabalhistas, como dívidas com outros clubes, só seriam pagos se o desconto de 75% do valor for aceito. 

A forma de pagamento também é controversa: após a homologação do acordo, será necessário aguardar dois anos de carência para começar a receber.

Ainda assim, os pagamentos do primeiro e do segundo ano vão contemplar apenas 3% do valor.