Jorge Nicola: 'Cruzeiro terá uma das menores folhas da Série A em 2023; veja números' (Foto: Coluna do Jorge Nicola)



O ano de 2023 já começou para o Cruzeiro. Pelo menos para Ronaldo, Paulo André, Gabriel Lima, Pezzolano e companhia. E a pressa tem explicação: apesar de ainda estarmos em agosto de 2022, a Raposa já se garantiu na elite do futebol nacional do próximo ano e a avaliação interna é de que o elenco precisará de uma grande reformulação, com o objetivo de equipará-lo aos da Série A.




É aí que mora o problema: como fazer do Cruzeiro um elenco bem melhor com receitas ainda pequenas e sem ajuda de dopings financeiros, como mecenas ou investimentos sem respaldo bancário?

Ao menos, a Raposa já tem seus cenários bem definidos. O objetivo é terminar o Brasileirão dentre os 13 primeiros e chegar às oitavas de final da Copa do Brasil. Tudo isso com um acréscimo de 100% nas receitas. Ou seja, o clube terá o dobro para gastar em relação a 2022.

São esperados R$ 100 milhões em direitos de transmissão, R$ 41 milhões com vendas de atletas, R$ 33 milhões com patrocínios, quase R$ 40 milhões com sócios-torcedores e R$ 10 milhões com marketing digital, licenciamentos e afins.

Parece muito. Mas só parece. Numa conta rápida, se o Cruzeiro gasta R$ 3 milhões por mês de folha salarial em 2022 e terá o dobro da receita para 2023, estima-se um elenco custando algo na casa dos R$ 6 milhões.




John Textoracaba de anunciar que a folha salarial do Botafogo após os 10 reforços da janela de julho/agosto ultrapassou os R$ 12 milhões.

O Grêmio, rival na Série B, já tem hoje um custo mensal de R$ 11 milhões. Já o Vasco será turbinado pela 777, assim como o Bahia em relação ao Grupo City. Isso sem falar nos R$ 30 milhões de folha do Flamengo, R$ 20 milhões de Palmeiras, Corinthians e Atlético, R$ 15 milhões de São Paulo, R$ 12,5 milhões de Internacional...

Ou seja, com uma folha de R$ 6 milhões/mês, o Cruzeiro vai figurar entre os cinco times mais baratos da elite nacional. E o índice de acerto nas contratações precisará continuar bem alto, como em 2022, sob o risco de atrapalhar o plano do Fenômeno de continuar crescendo, para atingir o ápice competitivo e financeiro em 2026.