Contratações sem custo e com salários bem baixos. Foi desta maneira que o Cruzeiro montou seu elenco, que garantiu nos pênaltis a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. Mas houve uma única exceção: Rafael Cabral. E o goleiro, dono do maior salário do grupo cruzeirense, fez valer o investimento e pegou quatro pênaltis no duelo contra o Remo, assegurando o prêmio de R$ 3 milhões prometido pela CBF.

Rafael Cabral ganha R$ 300 mil por mês na Raposa. A título de comparação, Paulo Pezzolano e toda sua comissão técnica custam R$ 200 mil mensais. Já Edu, artilheiro do time na temporada, fatura R$ 90 mil por mês.

Por contrato, o goleiro ainda tem direito a um prêmio de R$ 1,5 milhão. Mas tal luva só será depositada se o Cruzeiro voltar à Série A do Brasileiro. Detalhe: a bolada ainda acabaria paga de forma parcelada, ao longo de dois anos, a partir de 2023.

A confiança em Rafael Cabral era tamanha que Ronaldo Fenômeno aceitou pagar um salário a ele superior ao que gastaria com o ídolo Fábio e com Jaílson, contratado por Alexandre Mattos pouco antes da Era Ronaldo Fenômeno começar.

E o mais irônico é que, antes de brilhar contra o Remo, Rafael Cabral chegou a ser contestado por parte da torcida cruzeirense.

A cota de R$ 3 milhões pela classificação será fundamental no fluxo de caixa do Cruzeiro. O Pix prometido pela CBF banca, por exemplo, cerca de um mês da folha salarial celeste. Com a grana, também é possível pagar dez meses do salário de Rafael Cabral ou quase três anos do contrato de Edu.