Bob Faria analisa as vitórias de Atlético e Cruzeiro nas séries A e B do Campeonato Brasileiro, respectivamente (Foto: Bob Faria/Superesportes)

Sobre o Atlétco. Não é problema que tenha sido contra um time da zona de rebaixamento. Há várias formas de se analisar o desempenho de uma equipe. E o Galo mostrou contra o Atlético-GO algumas qualidades que vinha deixando sumir nas partidas. A primeira delas, e a mais importante, é a intensidade que o time colocou desde o início contra as linhas de defesa do adversário.



O tal do "perde pressiona" que todo mundo fala hoje em dia. Que nada mais é do que jogar com suas linhas avançadas e tentar roubar a bola mais perto do gol do adversário. É uma característica de um time que confia muito no seu poder de conclusão.
Outra coisa que vimos foi a equipe mantendo o ritmo do jogo até o último minuto. Claro que o empurrão da torcida foi fundamental, quando a energia começou a cair, mas qualquer que tenha sido o motivo, o time respondeu.

E, finalmente, o treinador deixou claro que sabe quais são os titulares, e quais são os reservas indispensáveis. Claro que todo mundo entende que desgaste, contusões e suspensões naturalmente levam à modificação da escalação. Mas a base precisa ser mantida.




Sobre o Cruzeiro

Não foi um jogo bonito. Um gramado muito difícil e um adversário que estava disposto a tudo para garantir pontos em casa. Mas o Cruzeiro mais uma vez soube se adaptar ao que o jogo apresentava e jogou como precisava para garantir a vitória contra o Náutico e chegar à liderança da Série B, após 83 rodadas!
Não é hora de pensar em futebol bonito. Muitas vezes não será possível, ou pela qualidade dos gramados ou pela dificuldade dos adversários, ou mesmo pelo desgaste físico extremo.

Mas o Cruzeiro vem mostrando o desenvolvimento de um bom padrão de jogo. Isso dá segurança aos jogadores, ao treinador e principalmente à torcida.
Muita gente diz, e de fato é verdade, que o que importa na Série B é chegar entre os quatro primeiros ao fim da temporada. Mas estar na liderança tem um papel simbólico muito grande. E isso não pode ser desperdiçado.