Ver jogos da Seleção Brasileira já foi mais divertido, é verdade. No tempo em que a seleção de fato representava o que de melhor havia no futebol do Brasil. Já vai longe este tempo. Salvo um ou outro que afortunadamente ainda joga aqui, a seleção é de brasileiros, mas não é do futebol do Brasil. Ok, tudo bem, sem saudosismo. Vamos ajustar a lente para ver o que é oferecido.

Que time é esse que vai jogar a Copa do Mundo carregando a marca do Brasil, ou melhor dizendo a marca da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF? Digo a vocês que é um bom time. Podemos nos valer dos números conquistados nas Eliminatórias Sul-Americanas (não se preocupe, não vou encher sua paciência com números, mas acredite, são muito bons) ou podemos nos valer do que vimos das atuações em campo.

Foram mais jogos bons do que ruins. Alguns conseguiram até fazer esquecer quão enfadonho costumava ser olhar para a Seleção Brasileira num passado recente.

E acho o jogo dessa terça-feira contra a Bolívia um bom exemplo. Vimos um time intenso e aguerrido, mesmo jogando na altitude de La Paz, onde certamente é obviamente humanamente possível viver bem, (só para não deixar de falar do quase incidente internacional causado pelas declarações do Tite ao dizer que era desumano jogar ali) mas muito difícil de praticar esportes que exigem capacidade aeróbica de quem não está com o organismo acostumado. Mesmo assim vimos um time correndo no seu limite e jogando bola com maestria. O placar de 4 a 0 foi pouco. Paquetá e Bruno Guimaraes foram os destaques. Mas o atacante Martinelli deixou uma boa impressão. Não sei se a ponto de garantir sua convocação final. Mas deixou.