LeBron James superou os 38.387 pontos de Kareem ao anotar 38 na derrota do Los Angeles Lakers para o Oklahoma City Thunder em casa, por 114 a 111. Com pouco mais de dez segundos para o fim do terceiro quarto, o camisa 6 recebeu do armador Russell Westbrook, colocou o ala Kenrich Williams nas costas e, com fadeaway da cabeça do garrafão, anotou o 36º ponto da noite.
Neste momento da cesta do recorde, o jogo parou para homenagens ao ala do Lakers. A festa contou com presença do próprio ex-pivô, da família e demais celebridades.
Agora, LeBron tem 38.390 pontos e seguirá como "Rei", como se autoproclama, por bons anos. Ele conseguiu a marca em 1.410 partidas, desde 2003, contra 38.387 pontos em 1.560 jogos de Kareem, ex-pivô de Milwaukee Bucks e Lakers, entre 1969 e 1989.
O agora maior pontuador da história da NBA cumpriu com todas as expectativas. Em 2003, ele foi selecionado pelo Cleveland Cavaliers direto do ensino médio, sem passar pela universidade, como primeira escolha do Draft. Já com status de estrela e contrato milionário com a Nike, vínculo que se tornou vitalício em 2015, LeBron iniciava uma história vencedora na liga.
Além do Lakers, que defende desde 2018, LeBron atuou pelo Cavaliers (em duas passagens, de 2003 a 2010 e 2014 a 2018) e Miami Heat, entre 2010 e 2014.
James tem quatro títulos da NBA: dois pelo Heat, em 2012 e 2013, um pelo Cavs, em 2016, e um pelo Lakers, em 2020. Em todos eles, LeBron foi eleito o melhor jogador das finais. Ele foi vice-campeão em 2007, ao ser derrotado pelo San Antonio Spurs; 2011, para o Dallas Mavericks; 2014, novamente para o Spurs; e 2015, 2017 e 2018, todas para o Golden State Warriors.
O Rei também foi eleito o melhor jogador da NBA por quatro vezes: em 2009, 2010, 2012 e 2013. Contando pontuação total, incluindo playoffs e finais, LeBron já era o maior cestinha da NBA. Agora, ele tem 46.021, seguido também de Abdul-Jabbar, que tem 44.149.
Festa, mas preocupação
Apesar do momento de festa, LeBron busca retornar aos playoffs, momento decisivo da temporada - não disputa desde 2021. O Lakers tenta se aproximar da zona de play-in da Conferência Oeste, a repescagem para os playoffs disputada entre os times da sétima à décima posição.
O Lakers agora é o 13º, com 25 vitórias e 30 derrotas. O inconstante time do técnico Darvin Ham, com LeBron, Westbrook e o pivô Anthony Davis, volta à quadra nesta quinta-feira (9), quando recebe o Bucks, à meia-noite da madrugada de quinta para sexta-feira (10).
Novos títulos da NBA são importantes para que a conversa sobre o maior jogador de basquete de todos os tempos siga em voga. A discussão gira em torno, principalmente, de LeBron e Michael Jordan, ex-ala-armador que fez história no Chicago Bulls.
Jordan foi a seis finais de NBA e conquistou os seis títulos, sendo o melhor jogador em todas as decisões. O eterno camisa 23 também foi eleito o MVP da liga em 1988, 1991, 1992, 1996 e 1998. Ele também é considerado um ícone global, transcendendo para fora do esporte com a sua marca própria - parceira da Nike.
Até quando, LeBron?
Aos 38 anos, LeBron James continua como jogador de destaque e com ótimas médias - 30,2 pontos por jogo, 8,5 rebotes e 7 assistências. O jogador, mais bem pago da NBA, tem contrato garantido com o Lakers até o fim da temporada 2023/2024, com opção de renovação para 2024/2025.
Há uma expectativa de que LeBron possa atuar com seu filho mais velho, "Bronny" James, de 18 anos, no futuro. Bronny é um ala-armador que está na fase final do ensino médio e chama atenção para uma escolha no Draft de 2024.