Organização da F1 informou estar ciente de que 'alguns torcedores foram alvo de comentários completamente inaceitáveis por parte de outros torcedores' (Foto: Joe Klamar / AFP)

A Fórmula 1 começou a investigar comportamentos julgados "inaceitáveis" de torcedores presentes no circuito de Spielberg neste fim de semana para o Grande Prêmio da Áustria. A corrida foi válida pela 11ª etapa da F1 de 2022.




Muitas mensagens nas redes sociais mostram insultos sexistas, racistas e homofóbicos, sobretudo contra os pilotos e entre fãs, nos arredores do autódromo Red Bull Ring.

Em um comunicado divulgado neste domingo, a organização da F1 informou estar ciente de que "alguns torcedores foram alvo de comentários completamente inaceitáveis por parte de outros torcedores" desde os primeiros treinos de sexta-feira.

"Conversamos sobre isso com o promotor (local) e os serviços de segurança. Vamos conversar com as pessoas que informaram estes incidentes e levamos isso muito a sério. Este tipo de comportamento é inaceitável e não será tolerado. Todos os fãs devem ser tratados com respeito", diz a F1.




Cerca de 50 mil torcedores holandeses, a maioria vestidos de laranja, viajaram à Áustria para apoiar o compatriota Max Verstappen. Alguns vaiaram e xingaram os dois pilotos da Mercedes, os britânicos Lewis Hamilton e George Russell, quando eles saíram da pista durante o treino classificatório.

Hamilton, sete vezes campeão mundial e figura engajada na luta contra o racismo, e o chefe da Mercedes, o austríaco Toto Wolff, criticaram este comportamento, assim como o dos torcedores britânicos que vaiaram Verstappen na semana passada, no circuito de Silverstone, no GP da Grã-Bretanha.

"Não é muito desportivo", lamentou Wolff no sábado. "Quando torcedores aplaudem se um piloto sofre um acidente, podemos nos perguntar se eles têm consciência de sua atitude e compreendem bem este esporte", acrescentou.

Para Wolff, "vaiar um piloto também não é bom, já que é um ataque pessoal. Os fãs (que vaiam) deveriam se colocar no lugar do piloto".