A gigante esportiva Nike, a empresa suíça de relógios TAG Heuer e a empresa automotiva alemã de carros de luxo Porsche rapidamente se distanciaram da vencedora de cinco torneios do Grand Slam depois que a tenista admitiu, na última segunda-feira numa entrevista coletiva em Los Angeles, ter sido pega em um teste.
"Estamos tristes e surpreendidos com a notícia sobre Maria Sharapova", disse a Nike em um comunicado. "Decidimos suspender o nosso relacionamento com Maria enquanto a investigação continua. Nós continuamos a monitorar a situação".
A TAG Heuer disse que não iria renovar o seu contrato com a atleta. Seu acordo com Sharapova expirou no final de 2015, disse a empresa, e eles estavam realizando reuniões para renová-lo.
"Diante da situação atual, a marca de relógios suíça suspendeu negociações e decidiu não revisar o contrato com a senhorita Sharapova", disse a companhia em um comunicado.
Enquanto isso, a Porsche disse que tinha "decidido adiar suas atividades previstas" com a tenista "até que mais detalhes sejam conhecidas e possamos analisar a situação".
Sharapova disse na segunda-feira que havia testado positivo em um exame para Meldonium, uma substância proibida neste ano pelas regras da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). A ex-número um do mundo assumiu toda a responsabilidade por seu erro e pode enfrentar uma longa suspensão da Federação Internacional de Tênis, que deve significar o fim da sua temporada, a impedindo de representar a Rússia nos Jogos Olímpicos do Rio.
A russa disse que tomou Meldonium, um medicamento que aumenta o fluxo sanguíneo, durante dez anos por vários problemas de saúde. A substância foi proibida porque aumenta o oxigênio no sangue e a resistência, e foi detectado que vários atletas de diferentes esportes o consumiam. Sharapova e todos os jogadores do circuito receberam um comunicado sobre as mudanças na lista de substâncias proibidas da Wada em dezembro.
Sharapova acumula 35 títulos e premiações superiores a US$ 36 milhões (mais de R$ 136 milhões). Ela está em sétimo lugar no ranking mundial apesar de só ter jogado três torneios e a final da Fed Cup nos últimos oito meses, desde Wimbledon, por causa de lesões.
A russa seria a atleta mais bem paga do mundo, com vários contratos de patrocínio e numerosos projetos empresariais, como a linha de doces Sugarova. A Forbes estimou que ela recebeu US$ 29,5 milhões (R$ 111,6 milhões) em 2015.