Anderson Silva admite dúvidas em 'reestreia' no Ultimate, mas afirma: "Quero voltar logo"

Anderson Silva é o maior nome brasileiro da história do MMA mundial. Maior campeão da história do UFC, o Spider passa por um momento inusitado na carreira. No dia 28 de dezembro, completará um ano em que o lutador fraturou a perna esquerda no duelo contra Chris Weidman, em Las Vegas. Agora, a lenda aguarda ansiosamente a data de seu retorno ao octógono, dia 31 de janeiro, contra Nick Diaz.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, Anderson afirmou que está preocupado com seu retorno e com a performance que terá diante do norte-americano no octógono diante dos fãs. “Minha grande preocupação é como vai ser estar voltando. Não estou preocupado com o adversário, mas com a volta, quero voltar logo, estou preocupado com como vai ser minha performance, tem aquela dúvida. Não é medo, mas dúvida. Mas, depois de levar o primeiro soco, está tudo certo”, disse o Spider.

Anderson voltou a comentar a lesão sofrida na revanche contra Weidman e afirmou que os treinos com a perna esquerda estão fluindo bem. “O que me lembro é que eu pensava que tinha acabado, que ali era o fim de tudo. Não sabia o quanto era grave a lesão que eu tinha na perna. Fiquei em estado de choque. Só fui me acalmar no hospital, quando o médico disse que eu voltaria a ter todas as minhas atividades normais. Eu estava sedado (risos), mas acreditei. Agora está tudo bem. Os treinos estão fluindo. No começo, tivemos certa dificuldade porque tive uma perda grande de força na perna que lesionei, mas isso já foi estabilizado com a fisioterapia. Estamos vendo a evolução diariamente na perna e na técnica. Tinha movimentos que eu tinha esquecido de fazer, que não fazia há muito tempo, e com esse lance de ter machucado a perna, acabei fazendo de novo. Os treinos estão muito bacanas e estou ansioso para voltar a lutar”, completou.

Anderson comentou ainda sobre o recomeço dos chutes em seus treinamentos. Segundo ele, o começo foi de muita insegurança, mas já está chutando normal em seus sparrings. “É um movimento que faço desde criança, desde meus oito anos de idade. Nunca tive nenhum tipo de lesão - já vi várias pessoas quebrarem a perna da mesma forma, ou o braço, mas comigo nunca tinha acontecido. No começo, quando você volta a treinar, é natural que você se sinta um pouco inseguro, mas já voltei ao normal, já estou chutando no sparring. Outro dia, levei até uma dura do Ramon (Lemos, seu treinador), que falou, ‘Segura, para de chutar tanto, está maluco?’ E eu disse, ‘Mestre, deixa eu dar só mais um chutinho!’ Mas já voltou, a perna já está boa e espero poder chutar bastante. Mas na dúvida, vou chutar mais da cintura para cima”, concluiu.