Outra atração desta manhã no Gigante da Pampulha, Sandro Meira Ricci teve atuação equilibrada. Contudo, o árbitro foi chamado de ‘ladrão’ pela torcida do Cruzeiro em pelo menos três ocasiões. Ele voltou a trabalhar em jogos do clube celeste seis anos depois da polêmica em São Paulo, quando Ricci mudou a história da partida da Raposa contra o Corinthians e, consequentemente, o desfecho do Brasileirão de 2010.
Agora, o Cruzeiro muda a chave e volta suas atenções para a Copa do Brasil. O time celeste enfrenta o Botafogo na próxima quinta-feira, às 20h, no Estádio Luso Brasileiro, na Ilha do Governador, interior do Rio de Janeiro. Na quinta-feira seguinte, dia 8, às 21h, a equipe de Mano Menezes visita o América, jogo marcado, à princípio, para o Independência. Rival direto na Série A, o Santa Cruz recebe a Chapecoense, um dia antes, às 16h, no Arruda.
Empurrado por mais de 45 mil torcedores no Mineirão, o Cruzeiro começou empolgado, com marcação em linha alta, sem dar espaços para o Santa Cruz criar jogadas. Forçando o jogo pelos lados, porém, o time de Mano Menezes teve as melhores chances no primeiro período de jogo com cruzamentos e bolas paradas. Aos 10’, livre de marcação, Manoel quase marcou de cabeça depois de escanteio cobrado por Rafael Sobis. Em contra-ataque, três minutos depois, Grafite respondeu. O atacante fintou o adversário e finalizou de dentro da área. Rafael, titular da meta celeste neste domingo, fez boa defesa. Aos 26’, o goleiro foi salvo pelo travessão em excelente tentativa de Leo Moura.
Principais articuladores do time, Robinho e Arrascaeta acabaram apagados no primeiro tempo pela opção do Cruzeiro de alçar bolas na área em excesso e se manter com setores descompactados. A equipe celeste tentou 20 cruzamentos e acertou apenas três nos 45 minutos iniciais de partida. Na saída para o intervalo, Rafael Sobis ressaltou a necessidade de acertar o último passe. “O jogo está bom, nosso time está se portando bem, precisamos só acertar o último passe”, projetou.
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo e nem precisou ajustar o fundamento destacado pelo atacante para abrir o placar. Em finalização de rara felicidade, aos 3’, Robinho marcou seu primeiro gol pela Raposa e tirou o grito da garganta do torcedor na arquibancada do Mineirão. 1 a 0. Impiedoso, o time não diminuiu o ímpeto e quatro minutos depois ampliou. Perspicaz, Rafael Sobis cobrou lateral com rapidez, Arrascaeta recebeu com campo para explorar, fez bonita jogada pela esquerda e entregou o gol para Ramón Ábila, já dentro da área. Como de costume, o argentino não perdoou e marcou seu sexto gol em nove jogos pelo Cruzeiro. 2 a 0.
Depois dos 10 minutos alucinantes de segundo tempo, o jogo ganhou novo formato. Doriva trocou algumas peças, tornou sua equipe mais ofensiva, e o Cruzeiro esperou o erro do adversário para sair em velocidade. Até para potencializar essa jogada, Mano Menezes substituiu Robinho por Rafinha, aos 17’. Os pernambucanos ainda chegaram com perigo em duas oportunidades, mas nada que afetasse a tranquilidade de Rafael. O clube celeste trabalhou a bola e valorizou a posse. O técnico cruzeirense ainda conseguiu promover a estreia do volante Denílson, que substituiu Lucas Romero.
CRUZEIRO 2 x 0 SANTA CRUZ
Cruzeiro
Rafael; Lucas, Manoel, Bruno Rodrigo e Edimar; Lucas Romero (Denílson), Ariel Cabral, Robinho (Rafinha) e Arrascaeta; Rafael Sobis e Ramón Ábila (Willian). Técnico: Mano Menezes.
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Léo Moura, Luan Peres, Danny Morais e Allan Vieira; Derley (Wallyson), Uillian Correia (Danilo Pires) e João Paulo; Pisano (Marion) e Keno; Grafite. Técnico: Doriva.
Gols: Robinho (3’2ºT), Ramón Ábila (7’2ºT)
Cartões amarelos: Derley, Uillian Correia (Santa Cruz); Lucas Romero, Ariel Cabral e Rafael Sobis (Cruzeiro)
Público pagante: 49.208
Renda: R$1.445.435,00
Estádio: Mineirão (Belo Horizonte)
Motivo: 22ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data e horário: 28 de agosto, domingo, às 11h
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC)
Assistentes: Nadine Schramm Câmara Bastos (Fifa-SC) e Hélton Nunes (SC)