Com mais de 300 jogos disputados pelo Cruzeiro, Henrique já conviveu com diferentes situações na Toca da Raposa. Desde conquistas de títulos estaduais e nacionais a pressões por resultados frustrantes, o volante tem experiência suficiente para orientar outros atletas no clube celeste. No início da temporada 2016, com cobrança sobre o técnico Deivid, ele defende que os jogadores veteranos assumam a responsabilidade e deixem que os mais jovens fiquem “isolados”.
“Aqui, todos somos homens, sabemos da responsabilidade. Nós que somos mais velhos chamamos mais a responsabilidade, deixando os jovens mais à vontade. Já vivenciamos isso, sobre jogar sob pressão. A gente passa confiança para eles jogarem seu melhor. Não adianta ficar cobrando, cobrando e cobrando e não dar retorno. Temos que dar confiança, isso vai ajudar o Cruzeiro como um todo”, analisou Henrique.
No Campeonato Mineiro, o Cruzeiro segue invicto depois de cinco jogos e ocupa a segunda colocação. Na Primeira Liga, as chances de classificação para as semifinais são remotas. Embora Deivid tenha sofrido apenas uma derrota em 2016, ele convive com pressão em consequência de atuações irregulares da equipe.
Enquanto o treinador é cobrado logo no início de sua carreira, Henrique alega que é necessário que todos cumpram seus devidos papeis. “Um trabalho é um conjunto. Assim como é dividido na conquista, cada um tem seu mérito, a cobrança também é feita num todo. Claro que o Deivid fica mais evidente por ser o comandante. Mas nós damos confiança para ele fazer o trabalho dele. Claro que o torcedor queria ver um time dentro de campo, mas acaba vendo outro. Isso torna a cobrança maior. Mas, vamos melhorando, os jogadores se fechando, e vamos dar a resposta dentro de campo”, destacou.
O volante ressaltou que não é apenas o treinador quem deve ser responsabilidade num momento de instabilidade. “Aqui é um clube, a responsabilidade é de todos. De nós como atletas, do pessoal da diretoria, da comissão técnica. Todos têm sua responsabilidade. Aqui é o Cruzeiro, e a responsabilidade é de todos”, complementou.