O departamento de marketing do Cruzeiro lançou nesta sexta-feira uma nova homenagem aos atletas que fizeram história pelo clube. A partir do jogo de domingo, às 17h, contra a URT, no Mineirão, os atletas com mais de 300 partidas pela equipe atuarão com um patch comemorativo na camisa. Serão cinco modelos com cores diferentes, a serem colocados a cada 100 confrontos realizados, até completar 700 apresentações. Do atual elenco, os únicos da lista são o goleiro Fábio (668) e o volante Henrique (301).
Atleta com mais jogos nos 95 anos do Cruzeiro, Fábio recebeu a camisa personalizada nesta sexta. A lembrança foi entregue por Raul Plassmann, goleiro do clube nas décadas de 1960 e 1970 que registrou 557 apresentações e conquistou, entre tantos títulos, a Taça Brasil de 1966 e a Copa Libertadores de 1976.
“Parece que não, mas é difícil. Tem chão. Fico grato pela oportunidade de hoje de ser homenageado. Agradeço as palavras de todos, de toda a nação cruzeirense que sempre reconheceu meu empenho. Hoje são 668 jogos. Mas digo que um jogo por uma grande equipe que nem o Cruzeiro já é difícil. Deus me capacitou, me coloquei em busca desse sonho e consegui ao longo desses anos alcançar números expressivos. Isso só me fortalece”, agradeceu o camisa 1.
Depois de entregar a camisa a Fábio, Raul Plasmann, que hoje trabalha como observador técnico do Cruzeiro, lembrou o período como jogador e disse que se sente dentro de campo a cada vez que o seu sucessor defende as cores azuis.
“Sinto-me muito feliz de poder participar mais uma vez da história do Cruzeiro. É uma coisa muito importante. Se jogar um jogo pelo Cruzeiro já espetacular, imagina 500, 600, 700 jogos? Quando fiz meu primeiro jogo pelo clube foi uma coisa monumental, fantástica. E cheguei a 557 jogos. Trabalhando aqui no clube e acompanhando o Fábio, é como se eu entrasse com ele a cada jogo que ele faz. É difícil parar de jogar bola quando você joga no Cruzeiro. Mas hoje não sofro nada porque estou pegando carona com o Fábio. Todos os jogos que ele entra, entro assombrando com ele, no bom sentido. E Fábio, nós vamos fazer 1.200. Estamos juntos. Esse clube aqui não se esquece de ninguém, nem daqueles que não conseguiram um sucesso grandioso. A partir do momento que você veste a camisa do Cruzeiro, já tem história. Mesmo que seja por um minuto”, afirmou o ex-goleiro, que completará 72 anos em setembro.
Vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin também se manifestou na Toca da Raposa II ao lado de dois dos seus grandes ídolos. “Fiz questão de estar presente. Essa homenagem é muito bonita. É o Cruzeiro valorizando os ídolos. Aqui na mesa temos quase 1.200 jogos pelo Cruzeiro. É para poucos. Isso é muito gratificante, é uma honra trabalhar no clube. As camisas do Fábio e do Henrique passam a ser itens de colecionadores. Ficam para os familiares, os amigos. É o Cruzeiro valorizando os atletas do passado e do futuro para construir uma história ainda mais bonita”.
Com a proximidade de Fábio alcançar o jogo de número 700 ainda em 2016, o diretor de futebol Thiago Scuro disse que há espaço para patchs de 800, 900 e até 1.000 partidas. “Vamos fazendo isso até onde ele chegar. Vai ser uma honra”.
No passado, o Cruzeiro prestou outras homenagens aos jogadores que se destacaram no clube. O projeto Ídolos Eternos, lançado em 2008, reverenciou atletas que disputaram ao menos 400 jogos ou marcaram 100 ou mais gols. Mais de 25 ídolos já deixaram a marca de pés e mãos no Hall da Fama da Toca da Raposa II.
CRUZEIRO
Atletas com mais de 300 partidas pelo Cruzeiro atuarão com patch comemorativo em uniforme
Goleiro Fábio, que soma 668 partidas, foi o primeiro homenageado do clube
postado em 29/01/2016 19:43 / atualizado em 29/01/2016 21:09
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