
“Temos um contrato de fidelidade e está escrito que nenhum clube sem acordo com a concessionária pode ter condições diferentes. Dividimos 70% das despesas com a Minas Arena, e a partir de agora não faremos mais. Isso não foi cobrado do Atlético na final da Libertadores. Estou com o borderô nas mãos e isso comprova tudo. Cheguei a perguntar antes como seria, pois sabia que as condições eram diferentes, mas eles (Minas Arena) não admitiram. Isso é o documento oficial. Se for preciso, reclamarei com o governador”, disse Gilvan.
Fechado com a concessionária para atuar no Mineirão nos próximos 25 anos, o Cruzeiro não paga aluguel para atuar no Gigante da Pampulha e recebe participações nos bares, além da renda do estacionamento. Porém, arca com 70% das despesas, entre taxas de bilhetagem, limpeza, segurança, profissionais de apoio, água e luz.
O imbróglio ocorreu porque o Atlético não pagou aluguel e ainda não precisou dividir os gastos. Os únicos valores quitados cobrados do Galo foram seguro, impostos (INSS e ISS) e despesas da FMF. O time alvinegro ficou com R$ 8,8 milhões da renda bruta da decisão da Libertadores, que ultrapassou os R$ 14,1 milhões.
Secopa
Por meio de sua assessoria de comunicação, a Secopa respondeu a reclamação celeste. Veja o texto abaixo:
Informamos que a partida final da Taça Libertadores da América, marcada para o Mineirão por determinação da Confederação Sul-Americana de Futebol foi, sem dúvida, um evento de ampla e inequívoca repercussão internacional, além de uma oportunidade singular de promoção do Estado de Minas Gerais e de nosso principal palco para a Copa do Mundo de 2014, junto a milhões de espectadores em vários países.
O Estado entendeu, assim, ser pertinente que uma das datas a que tem direito, por força do Contrato de Concessão Administrativa, fosse a ela dedicada, com base na cláusula 16 deste contrato.
Conforme já comunicado a Minas Arena, esse mesmo princípio será observado pelo Governo sempre que clubes mineiros alcançarem decisões desta magnitude e natureza.