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Na primeira sobrevida de Roth, Cruzeiro fica no empate com o Vasco, em Varginha

Diretoria revelou que falta de resultados positivos pode gerar mudanças no comando

postado em 16/09/2012 17:26 / atualizado em 16/09/2012 20:28

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Cruzeiro e Vasco fizeram em Varginha uma partida com dois treinadores em situações opostas. No banco azul, Celso Roth era pressionado pela necessidade de resultados positivos e tinha a primeira sobrevida diante do Cruz-maltino. Pelo lado vascaíno, Marcelo Oliveira começava sua trajetória na equipe com o objetivo de manter o time no G-4.

Com três derrotas consecutivas, o Cruzeiro ficou na igualdade contra o Vasco da Gama e a primeira chance de Roth para volta das vitórias terminou em 1 a 1. Nas arquibancas do Estádio Melão, alguns torcedores gritavam o nome de Felipão, demitido recentemente do Palmeiras.

Em jogada de infiltração pela esquerda, Everton recebeu passe de Charles e cruzou para a área. No caminho, o zagueiro Renato Silva tentou cortar, mas jogou contra o patrimônio e deu o primeiro gol ao time celeste. O tento deve ter dado alívio a Roth, que via o Cruzeiro chegar com mais perigo.

A resposta vascaína saiu dos pés de Juninho Pernambucano. Conhecido por ser exímio cobrador de faltas. O meia bateu em direção a meta de Fábio, que falhou ao tentar socar a bola, e no rebote Nilton deixou tudo igual.

Punido pelo STJD, por causa dos objetos arremessados no gramado no clássico contra o Atlético, o Cruzeiro decidiu mandar o primeiro dos seis jogos de pena em Varginha. Se não conseguir reverter o resultado, pois o recurso ainda será julgado, o clube pode ficar até a penúltima rodada jogando no Sul de Minas.

No próximo domingo, o Cruzeiro vai ao Morumbi encarar o São Paulo. A equipe paulista é um dos rivais na briga pelo G-4 do Brasileiro. Já o Vasco joga novamente fora de casa. A equipe carioca vai a Campinas pegar a Ponte Preta.

Primeiro tempo

O Vasco chegou à área do Cruzeiro com 16 segundos de jogo. Em lançamento na direita, Éder Luís recebeu e tocou para Juninho, mas a bola foi para a linha de fundo. O troco celeste veio em alto nível. Na primeira oportunidade azul, aos quatro minutos, Charles deu passe para Everton, que foi à linha de fundo e cruzou para o meio da defesa. No caminho, Renato Silva desviou contra o próprio patrimônio e a Raposa fez 1 a 0, gol contra do zagueiro cruz-maltino.

Aos oito minutos, em boa jogada da dupla Wellington Paulista e Wallyson, o Cruzeiro quase fez o segundo. O camisa 9 fez assistência para o companheiro, que cabeceou no contrapé de Prass. O goleiro se esticou para salvar a meta do Vasco.

Com boa consistência defensiva, o Cruzeiro dificultava as investidas do Vasco e saía em velocidade. Centralizado em Juninho, o time da Colina demonstrava dependência do poder de criação do meia. E dos pés do armador nasceu o gol de empate cruz-maltino. Em cobrança de falta do jogador, Fábio tentou afastar de soco, porém sem força, e na sobra, o volante Nilton completou na pequena área: 1 a 1, aos 28 minutos.

Depois da saída de bola, o Cruzeiro quase desempata. Após bate e rebate, o meia Montillo chutou rasteiro e a bola passou perto da trave esquerda. Após a igualdade, o Vasco começou a ter mais presença no campo ofensivo.

Aos 33 minutos, a partida teve seu primeiro lance polêmico. Wellington Paulista invadiu a área e ao tentar driblar o goleiro, ele foi ao chão. O árbitro entendeu que houve simulação do atacante e o puniu com o cartão amarelo. Seis minutos depois foi a vez do adversário celeste reclamar pedir um pênalti. Carlos Alberto cruzou e a bola bateu na mão de Charles. O goleiro azul se redimiu no fim da primeira etapa e salvou a cabeçada de Tenório, na cara do gol. Aos 43, Wallyson chutou e Prass defendeu no meio do gol.

Segundo tempo

O Cruzeiro voltou a campo sem o lateral Ceará. Sentindo dores, o jogador apenas por 45 minutos e foi substituído por Lucas Silva, que passou a jogar improvisado na direita. Logo no início, o atacante equatoriano Tenório teve grande chance, mas, após driblar o goleiro, chutou para fora.

Em outra cobrança de falta, Juninho levou perigo, mas Fábio defendeu. O time celeste deu sorte aos oito minutos. Depois de lambança da zaga azul, Tenório completou para as redes, mas o bandeira assinalou impedimento. O Vasco reclamou do lance, pois a bola veio dos pés de um jogador do Cruzeiro.

Fernando Prass salvou o Vasco aos 15 minutos. Wellington Paulista cabeceou frontal e o goleiro defendeu com os pés. Depois dessa jogada, as duas equipes se alternaram em lances ofensivos, mas falhavam na conclusão.

Outra vez a bola parada de Juninho levou perigo. Após escanteio, o zagueiro Dedé cabeceou livre e a bola tirou tinta da trave esquerda de Fábio. Wellington Paulista teve chance parecida no fim do jogo, mas cabeceou em cima da defesa.

CRUZEIRO 1 X 1 VASCO
Cruzeiro
Fábio; Ceará (Lucas Silva), Tiago Carvalho, Mateus e Everton; Leandro Guerreiro, Charles (Souza), Tinga e Montillo; Wallyson (Élber) e Wellington Paulista
Técnico: Celso Roth

Vasco
Fernando Prass; Jonas, Dedé, Renato Silva e Willian Mateus; Nilton, Wendel, Juninho Pernambucano e Carlos Alberto (John Clay); Éder Luís e Tenório (Romário)
Técnico: Marcelo Oliveira

Motivo: 25ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Dilzon Melo, em Varginha
Data: 16 de setembro de 2012, às 16h
Gols: Renato Silva (contra), aos quatro minutos do 1º tempo; Nilton, aos 28 min do 1º tempo.
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro/GO
Auxiliares: Alessandro A.Rocha de Matos/BA e Bruno Boschilia/PR
Cartão amarelo: Renato Silva, Nilton (Vasco), Wellington Paulista, Leandro Guerreiro, Élber e Everton (Cruzeiro)
Cartão vermelho:
Público:  9.753 torcedores
Renda: R$ 265 mil reais