Há uma semana, o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, declarou, em entrevista ao Estado de Minas, que o clube celeste detém 60% dos direitos econômicos de Walter Montillo. A informação foi recebida com surpresa pela torcida, já que o percentual divulgado oficialmente pela diretoria do clube sempre foi 80%.
Desde então, o Superesportes procurou a diretoria do Cruzeiro, no intuito de esclarecer a possível mudança na divisão dos direitos econômicos do jogador, mas não obteve sucesso. Em Atibaia, na última semana, o diretor de futebol Dimas Fonseca foi requisitado para conceder entrevista à imprensa, mas não atendeu aos jornalistas.
Na ocasião, a reportagem tentou contato informal com o dirigente à beira do campo para falar do percentual de Montillo, entre outros negócios do clube, mas também não obteve êxito. Dimas se esquivou dos assuntos.
Também em Atibaia, Zezé Perrella era esperado pelos jornalistas para conceder entrevista. Com um problema de hérnia de disco, porém, o presidente ficou no quarto do hotel todos os dias, não assistiu a nenhum treino do time e foi embora do interior paulista antes do programado, sem ser visto pela imprensa.
A reportagem continuou tentando contato com membros da diretoria cruzeirense para explanar o assunto. Uma semana depois, ainda não obteve resposta.
O único a falar sobre os direitos de Montillo foi o empresário do jogador, Sergio Irigoitia. Ele desconhece qualquer mudança na divisão dos percentuais econômicos do atleta. “Até onde eu sei, o Cruzeiro tem 80% e o banco BMG, 20%. Quando ele veio, o Cruzeiro pagou à vista. Só depois negociou 20% com o banco. É o que sei. O jogador não tem nenhum percentual. Numa venda, até onde sei, o clube ficaria com 80%. Mas se houve alguma negociação posterior, eu não sei informar”, disse Irigoitia, ao Superesportes.
